29/03/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 086


No Capítulo anterior...

Abrimos a sacola e começamos a ler juntos enquanto tomávamos o memorável café da manhã de Aracy.
“POLICIA INTRIGADA COM HOMEM QUE IMOBILIZOU BANDIDOS”;
“FANTASIADO DESARMA, SOZINHO, MAIS DE DEZ BANDIDOS FORTEMENTE ARMADOS”;
“O INFERNO DO LADO DA POLÍCIA?”;
“DEZENAS DE POLICIAIS, DOZE BANDIDOS E UM FANTASIADO”;
As reportagens faziam alusão á vingadores, justiceiro e até á extras terrestres. Estava tudo muito divertido.
Uma das reportagens era de um jornalista chamado Luiz Nobrega Prymo, que fizera com um dos meliantes.
O chefe do bando e mentor intelectual do assalto em depoimento á polícia disse:
“Um homem grande e negro, com escamas macias em todo o corpo, com uma força e rapidez descomunal, voo por todo o salão do banco e desaparecendo em pleno ar e reaparecendo na frente do bandido armado com uma submetralhadora. Desarmou-o como que tira um doce de uma criança. Identificou-se como MEIOPARDO, a nova ordem da cidade de São Paulo.”
Eu já ouvira este nome, Luiz Nobrega Prymo. Só não lembrava onde.

Continuação...

Terminado a leitura dos jornais, nós nos despedimos e cada um seguiu o seu caminho.
O meu claro, POLI.
Ao chegar á USP decidi fazer uma visitinha á minha tutora.
Dois andares acima e lá estava eu na antessala da Doutora.
Amanda de Paula estava saindo da sala de Elen com uma enorme pasta e pela cara tinha muito serviço á fazer.
- Bom dia Amanda, A Nazi está te dando trabalho, é? Compre um “LEXOTAN”, e ponha meio comprimido no café da manhã dela. Isso vai deixar VOCÊ mais relaxada.
Entrei na sala de Elen, ainda observando o sorriso de Amanda.
- Bom dia nobre senhora doutora superintendente Elen. Falei ao entrar, porém Elen nem olhou para mim, continuo a teclar em seu computador.
Fui para o canto mais afastado da sala onde ficava uma mesinha com café, chá, água e uns biscoitinhos.
Servi-me de um chá sentei no sofá e aguardei.
Elen terminou seu texto e veio ao meu encontro.
- O que você disse quando entrou? Elen falou enquanto se servida de água.
- Ãhn, eu? Eu disse que você fica bem de cabelo curto.
- Mas eu não tenho cabelo curto, aliás, nem as pontas do cabelo eu cortei.
- Então foi do esmalte novo, por que mudou?
- Eu não uso...  Seu tonto. Elen ficou decepcionada quando entendeu a brincadeira.
- Semana que vem iremos para o Canada, ficaremos três dias na Universidade de Toronto. Entregue seu passaporte para a Amanda. Elen anunciou e continuou.
- Estamos firmando um convênio com eles e você fará uma apresentação.
- Eu ficarei sentado em uma cadeira no palco, sem me mexer ou falar? Por que você não leva um canário?
Ah, claro, é capaz de o canário cantar. Fui muito irônico.
- Não, desta vez você fará umas graças. Pedi para Cássia Raquel preparar um número para você. Será uma apresentação em uma quadra. Vai saltar e correr. Essas coisas.
- Por falar em saltar e correr, você viu essa cara do jornal, parece que ele voa e desarmou um monte de bandidos. Falei para chamar a atenção de Elen.
- Isso é bobagem. Um bando de viciados que estavam sob efeito de algum alucinógeno. Até eu dava conta deles. Elen falou desmerecendo a importância.
Agora fui eu quem ficou decepcionado com a interpretação de Elen.
- Ah, tá. Vou lá, então. Vou aprender a saltar e correr com a Cássia Raquel. Quem sabe aprender a dar a patinha também. Tchau, hein. Saí da sala fazendo menção de dar a patinha, até atravessar a porta.
Passando pela antessala notei que Amanda estava no chão, de quatro, sob a mesa.
- Que foi Amanda, você caiu? Perguntei e já me abaixei ao chão.
- Não, não caí. Perdi meu brinco. Amanda falou levando a mão á orelha, agora nua.
- Me dá dois minutos que eu acho para você. Levantei e saí correndo até a sala cofre.
Chegando lá encontrei José Reginaldo e o grupo de teste.
- Liga ai que preciso fazer uma coisa. Falei á José Reginaldo.
- Hoje você vai...
- Liga aí, liga aí, depois a gente conversa, é rapidinho, liga aí. Interrompi o que José Reginaldo tentava falar e não parei enquanto ele não pegou o tablet.
- Volto já. E saí em disparada ao encontro de Amanda.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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