12/03/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 071


No Capítulo anterior...

- Trouxe sim. O tecido a cola e estes arrebites de aço. Não os conhecia ainda, achei-os maravilhosos. Falou entusiasmada.
- Você acredita que um arrebite destes pode segurar uma força de quase uma tonelada?  São tão minúsculos e tão fortes. Ficarão na abertura dos tubos, assim o sistema de fole ficará perfeito. Leve e resistente.
Estava muito empolgada.
- Eu tenho um produto que foi desenvolvido pela NASA, após o KEVLAR receber a tintura adequada, farei uma aplicação. A roupa ficará tão impermeável que você poderá até mergulhar com ela.
Maria Teresa comprou tal ideia da roupa que eu não precisaria mais me preocupar com isto, era o território dela.
- Muito bom mesmo. Tudo aprovado. Pode fazer. Acertei com ela.

Continuação...

O ateliê fica em uma área de comércio muito movimentada e muito chic também. Resolvi dar uma volta pela redondeza.
Entre as varias lojas de roupas e calçados entrei em uma de artigos esportivos, queria ter uma ideia do que usaria por baixo da armadura uma vez que ficar sem nada por baixo estava fora de cogitação.
Enquanto olhava algumas sungas de atletismo percebi que estava sendo fotografado.
Não havia flashes, mas ouvia o click da máquina e percebi que era comigo, pois quando virava o rosto á procura de onde ou quem, os clicks paravam.
Fiquei mais atento e comecei a passar rapidamente de uma seção á outra a fim de localizar a origem dos clicks.
Não foi necessário esforço algum, ao passar pelo corredor de natação esbarrei com uma garota com duas máquinas fotográficas penduradas no pescoço.
- Desculpe. Ela disse com voz meiga.
- Depois que revelar eu posso autografar se quiser.  Respondi á ela olhando em seus olhos.
E que olhos.
Eram frascos de um puro mel de florada de laranjas. Enormes e brilhantes.
- Você percebeu? A doce voz voltou a soar.
- Se eu precisar de uma espiã, não contrato você. Falei provocando.
- Não. Olha. Desculpe-me é que eu estou fazendo um trabalho de moda esportiva e achei o seu corpo muito bonito para fotografar e... Ela estava sendo convincente.
- Que tal a gente tomar um café. Eu posso ficar até mais solidário e posar para você. Ela valia muito mais que um café, mas eu tinha que começar por algum lugar.
Saímos da loja e muito próximo havia um café com cadeirinhas de palha. Sentamos e pedimos café, apenas café.
- Sou Deri, manequim e modelo de artigos esportivos. Eu me apresentei á ela e prestei mais atenção á seu rosto muito bem desenhado com nariz fino e lábios carnudos. Sobrancelhas bem escuras contrastando com os olhos claros e longos cílios. Cabelos longos, cacheados e negros.
 Era uma pintura em quadro sem moldura. Era alta e tinha curvas acentuadas, não era magra e as proporções do corpo eram adequadas e generosas. Fartos seios e o que se via pelo decote agradavam muito.
- Fernanda Galindo. Sou repórter, freelance e estou fazendo um trabalho para uma revista de artigos esportivos. Quando vi você escolhendo roupas achei que serviria para o meu trabalho, eu não queria ser indiscreta, me desculpe. Terminou levando a xícara de café aos lábios, tomou um gole e continuou.
- Eu sou repórter á três anos e você? É modelo há quanto tempo? Perguntou por perguntar, pois sabia que era brincadeira minha.
- Bem mais que isto, já há uns quinze, talvez vinte ãn....  minutos.
- Eu jamais poderia ser um modelo completo, tenho muitas imperfeições. Estava dando corda, mas também estava sendo sincero. Cicatrizes e marcas não são muito bem aceitas por publicitários.
- Que nada, Photoshop dá jeito em tudo. Vê este rostinho aqui, pois é, Photoshop. Riu alto e descontraída.
Ficamos hora e meia conversando e entre um café e outro trocamos experiências de faculdades, viagens e vidas. Estava muito bom e por mim ficaria a tarde toda, era muito agradável, mas como Fernanda tinha compromissos na revista teve que ir embora.
Pegou meu número de telefone e eu o dela. Acertamos que eu faria algumas fotos com ela para aprovação da revista.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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