14/03/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 073


No Capítulo anterior...

Chegando ao posto BR, encontrei vários camaradas que não via há muito. Logo me entrosei com o pessoal.
Lá estavam Bene Junior e Mário Alves. Encontrei também, Adilson Damásio. Conversamos bastante e como é de costume resolvemos fazer um “pega”. Isto acontece com frequência e eu sabia que não tinha chances, pois a minha “maquina” não tinha esse pedigree.
Ao chegar até minha moto falei com Alexandre:
- Você quer passar vergonha comigo ou espera aqui?
- Está na hora de mostrar que a limitação não é sua. Alexandre falou entregando a chaves da “White Butterfly” em minha mão.

Continuação...

Subi naquela maravilha de moto, branca e imponente e emparelhei aos colegas que fariam a volta.
Inacreditável o que uma boa pintura pode impressionar e principalmente, o que um bom motor pode fazer. Olharam incrédulos e saímos para a estrada.
O vento na carenagem da máquina era cortado como uma faca e em três segundo estava á cento e vinte quilômetros por hora em primeira marcha. Coisa impressionante nesta máquina “ninja” da Kawasaki. Fizemos o retorno de costume e a volta se completava no local de partida, o posto.
No final da tarde já estava de volta á minha casa. Pela janela avistei os seguranças que mais usma vez ficaria ali cuidando de um transmissor de identificação, parado e inativo.
Vesti a roupa, que não parecia tão ridícula como da primeira vez e sai par a ronda noturna.
O principal objetivo passou a ser atitudes suspeitas. E quando não havia uma unidade da polícia por perto a atenção redobrava.
Foram duas ocorrências neste dia, assim como outras duas ontem, e se seguiam ente duas, três e quatro, até que no primeiro mês, mesmo sem anotar, estava atendendo setenta á oitenta tentativas de violência.
Eu estava começando a ter popularidade enquanto a roupa fornecida por Fernanda começava a deteriorar.
Decidi fazer uma nova visita no ateliê de Maria Tereza.
A roupa estava pronta, bom sinal, pois a que estava usando até então estava em “frangalhos”.
Recebi a roupa com toda a pompa. Parecia pele de cobra, era formada por pequenos losangos que  sobrepostos imitavam escamas. Á cada dupla de pontas mais estreitas, arrebites prendia com firmeza incomum e a sobreposição era aberta.
Em primeira experimentação percebi que ao ficar rígido e ereto, a roupa ficara perfeitamente fechada e, quando relaxava as escamas abriam formando um duto de ventilação.
- Coloquei uma placa de poliuretano sob cada uma das escamas, é um material muito leve e resistente. Se por acaso levar um tiro, o kevlar não deixara o projétil passar, mas o poliuretano absorve o impacto minimizando a dor da força e pressão.
- Fernanda Furlan esteve por aqui e conseguimos compatibiliza a mistura oxida com pigmentos e o produto anti-água que comentei com você.
- Esta roupa é indestrutível, leve e arejada. Era isso que você queria? Perguntou Maria Teresa.
De frente á um espelho, virando de um lado para outro, estava impressionado com tamanha perfeição.
- Mais de que imaginava. Ficou maravilhosa.
Sua cor adotara “um camuflado cinza” de várias tonalidades. Desde muito claro até um negro muito forte, mas em nenhum tom tinha brilho. Parece que a tintura absorvia a luz, mantendo na sombra, sem reflexo.
Tirei a roupa que foi colocada em uma sacola. Não acreditei que a mesma ficou tão compacta quando dobrada e isto devido á formação de escamas.
Compacta, leve, impermeável e indestrutível. O que mais se quer de uma armadura?
Estava muito feliz. Não via a hora de apresenta-la aos anônimos.
E foi nesta mesma noite que decidi fazer a estreia.
Tomei todos os cuidados, como se fosse a primeira vez, e era.
Liguei o LD, vesti a roupa, e esperei o LED vermelho mudar para verde.
Olhei para o espelho de corpo inteiro que tinha no quarto e não vi mais o Deri, eu vi o MEIOPARDO.
Como de costume desci pelas escadas a fins de encontrar ninguém. Do meio da quadra dei um enorme salto.
Um salto para a noite.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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