15/03/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 074


No Capítulo anterior...

Compacta, leve, impermeável e indestrutível. O que mais se quer de uma armadura?
Estava muito feliz. Não via a hora de apresenta-la aos anônimos.
E foi nesta mesma noite que decidi fazer a estreia.
Tomei todos os cuidados, como se fosse a primeira vez, e era.
Liguei o LD, vesti a roupa, e esperei o LED vermelho mudar para verde.
Olhei para o espelho de corpo inteiro que tinha no quarto e não vi mais o Deri, eu vi o MEIOPARDO.
Como de costume desci pelas escadas a fins de encontrar ninguém. Do meio da quadra dei um enorme salto.
Um salto para a noite.

Continuação...

A roupa era muito confortável e a funcionalidade “dos tubos” era surreal. A maneira com que o ar entrava e saia... Eu era um “fole” ambulante.
Apesar de uma roupa mais fechada e compacta que a anterior era mais ventilada e mais articulada. Impressionava a praticidade e operacionalidade da mesma.
Eu nunca me senti tão adaptado á uma vestimenta.
E nesta mesma noite eu enfrentei por pura coincidência e ousadia a primeira forte emoção.
Foi durante um assalto á mão armada. Dois jovens armados assaltando uma pizzaria. Estavam praticamente de saída quando cheguei á porta.
De cara para os dois jovens armados dei voz:
- Parem com isto ou se arrependerão! Fui enérgico e determinado.
Ouvi três disparos de uma das armas e dois da outra.
No pulo e na velocidade, quando senti a dor na coxa esquerda as armas já estavam no chão e os garotos tinham, um, um braço quebrado e ou outro alguns dentes faltando.
Peguei o saco de dinheiro do caixa, joguei para dentro do balcão e pedi ao atendente.
- Chame logo a polícia, não vou demorar aqui.
Assim que desligou o telefone fiquei do lado de fora da porta aguardando que os jovens nocauteados não reagissem.
O atendente saiu ate onde eu estava e perguntou:
- Você é esse que estão falando? O MEIOPARDO?
Percebi que o que eu estava fazendo não tinha volta, agora tinha fama.
Sirenes e luzes começaram a se aproximar, era minha deixa, saí correndo.
Parado em uma rua deserta, mas bem iluminada percebi que a bala havia atingido minha coxa em cheio, havia sentido o impacto de uma “nove milímetros”. Doeu, mas a roupa estava intacta. Não havia perfuração, não havia lesão.
Bom trabalho Maria Teresa. Imaginei.
Participei de mais duas ocorrências nesta noite, mas não houve tiros, aliás, nada houve. Nos dois casos me apresentei como MEIOPARDO e os meliantes desistiram da empreitada.
Voltei para casa. Satisfeito.
Tirei o traje e percebi que a ventilação estava adequada, transpirei, mas não tanto quanto com a roupa anterior.
Descansar um pouco era a nova missão, logo mais tinha POLI.
Boa noite.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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