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31/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 134


No Capítulo anterior...

- Manolo? O Manolo? Arthur gritava como um desesperado.
Um dos seguranças, o que estava mais próximo da porta de vidro deu duas batinas na mesma, chamando a atenção de quem estava dentro.
Foi Marcio quem saiu até a porta e o segurança apontou para Arthur, na pick-up.
- Dile Arthur. ¿Qué quieres? Marcio chegava perto do veículo.
- Manolo, los circuitos. La caja de circuitos, ¿dónde está? Gritava Athur.
- Cicuito? El circuito no há llegado. Marcio levantou os braço em sinal de nada há fazer.
- Follando su mierda. ¿Qué estoy haciendo aquí? Sin cirduto esto es un pedazo de mierda. me voy. Arthur falou zangado jogando as ferramentas no chão.
- Espera, espera, escucha. Marcio não teve como segura-lo.
Arthur abriu o portão e foi embora.

Continuação...

Entendi que, como a caixa de circuito ainda não havia chegado, ganhamos um certo tempo. Mas de quanto seria este tempo?
Não obteria resposta ali, naquela casa. Resolvi seguir Arthur.
Parte terrestre e parte sobre postes, com pequeno sacrifício eu consegui acompanhar o SUV de Arthur.
Ele se dirigiu para o centro da cidade e entrou em um estacionamento na Rua Aurora, muito próximo do Largo do Arouche.
Arthur saiu á pé e caminhou duas quadras entrando em um hotelzinho de terceira categoria.
Fiquei ali na frente pensando o que poderia fazer quando a sorte mais uma vez acenou para mim.
A janela da frente se abriu mostrando Arthur já sem a camiseta.
Percebi que entrara em uma porta interna, talvez o banheiro.
Como a janela me convidava a entrar, não fiz esta desfeita.
Estava do outro lado da rua e um salto foi o suficiente para estar sobre a marquise estreita, porém, o suficiente para ficar a centímetros da janela que me convidara á entrar.
Sorrateiramente entrei e espreitei a porta que Arthur entrara, realmente era o banheiro e o chuveiro estava ligado.
Esperei por meia hora enquanto Arthur cantarolava sob a agua quente. Muito mal por sinal, nem a língua espanhola atenuava.
Enquanto estava só no quarto, vasculhei o que fosse possível.
Encontrei três ou quatro documentos com a foto de Arthur, mas nomes totalmente diferentes. Documentos falsos.
Encontrei uma arma, e alguns papeis enrolados feito pergaminho. Eram folhas de papel vegetal e ao desenrolar algumas folhas percebi que serem esquemas elétricos. De bombas, talvez.
Quando a porta se abriu uma figura caricata surgiu.
Enrolado em uma toalha, um sujeito muito magro e meio arqueado.
Cabelo molhado mostrando uma franja, falhada nas laterais. Um bigodinho muito fino e distante do nariz, que por sua vez, não era nada modesto.
Minha vontade na hora era de rir e de repetir o refrão de chapeuzinho vermelho: “Vovó, mas que nariz grande você tem?”, mas me contive.
Resolvi usar meu fraco espanhol.
- No hay peligro. Sheyla envía la señal de que el circuito está en camino. Sólo esto. Me voy. Penso que ele entendeu.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

30/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 133


No Capítulo anterior...

- E ai Vtec? Como Foi? Só faltou agarra-lo pelo pescoço, pois o chacoalhão eu dei.
- Tudo bem. Eu acho. Vão me ligar depois. Eu acho. Vtec ainda suava muito.
- Ele está bem? Perguntou Amanda enquanto pegava um pouco de agua que trouxe para Vtec.
- Está ótimo, espero. Falei encarando Vtec.
- Tudo bem. Estou bem. Podemos ir embora?
- Claro, vamos, vamos. Abracei-o e saímos para toma ar.
Ficamos no pátio do estacionamento por uns dez minutos e acho que foi o suficiente.
A cor de Vtec voltara do pálido que assumira á algum tempo atrás.
Ele respirava normalmente e não ofegava mais.

Continuação...

- Ela não é chata como você disse? Vtec pronunciava as primeiras palavras desde que saímos do prédio.
- O quê? O que você disse? Eu realmente não havia entendido o que ele dissera.
- A Dra. Elen. Ela não é chata. Ela é direta. Ela não faz piadinha. Desta vez Vtec foi claro.
- Que bom que você gostou dela. Respondeu á todas as perguntas que fizeram? Perguntei.
- Todas menos uma. Respondeu Vtec e calou-se.
Fiquei esperando a continuação que não existiu. Fiquei no vácuo.
- Então. Que pergunta você não respondeu? Insisti.
- Prefiro não falar nisso agora. Calou-se novamente.
Deve ter sido algo sério.
- Vamos para casa? Entreguei o capacete para Vtec, eu coloquei o meu e fomos embora.
---------------------
Naquela mesma noite a mansão de Marcio Nonato estava agitada.
Alguém trabalhava na caixa semiaberta sobre a pick-up.
Era Arthur Derinarde que montava a bomba.
A casa estava super protegida. Além de dois seguranças na rua, em frete ao portão de entrada, outros seis estavam espalhados pelo jardim.
Arthur de camiseta regata marrom e jeans surrado usava ferramentas para apertar parafusos e cortar fios.
- Manolo? O Manolo? Arthur gritava como um desesperado.
Um dos seguranças, o que estava mais próximo da porta de vidro deu duas batinas na mesma, chamando a atenção de quem estava dentro.
Foi Marcio quem saiu até a porta e o segurança apontou para Arthur, na pick-up.
- Dile Arthur. ¿Qué quieres? Marcio chegava perto do veículo.
- Manolo, los circuitos. La caja de circuitos, ¿dónde está? Gritava Athur.
- Cicuito? El circuito no há llegado. Marcio levantou os braço em sinal de nada há fazer.
- Follando su mierda. ¿Qué estoy haciendo aquí? Sin cirduto esto es un pedazo de mierda. me voy. Arthur falou zangado jogando as ferramentas no chão.
- Espera, espera, escucha. Marcio não teve como segura-lo.
Arthur abriu o portão e foi embora.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

29/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 132


No Capítulo anterior...

Por mais que tentasse, não conseguia acalma-lo. A Elen iria trucida-lo.
Quarenta minutos de espera e a chefa chegou.
Elen entrou na sala e eu entrei atrás dela.
- Elen, esse é o cara de quem eu falei. Ele é bem do tipo que vocês têm aqui. CDF e calado. Não faça perguntinha fácil que ele não responde.
Eu realmente não sabia o que falar á ela. O efeito maior que eu queria é mostrar á Vtec que estava falando com ela antes.
- Amanda, chame José Reginaldo agora.
Elen falou ao interfone.
- Se não tem mais a falar pode sair e mande seu amigo entrar. Bom dia.
Elen foi um poço de delicadeza como sempre.

Continuação...

Acho que esse era o humor de Elen pela manhã. Algumas pessoas tem certa dificuldade de lidar com isso muito cedo.
Saí para a antessala, chamei Vtec.
- Eu confio em você, vai lá e imagine que esta falando com a Fernanda ou com sua irmã, a Rosa. Fale o que você pensa e dane-se o resto.
Vtec entrou na sala da fera e neste momento José Reginaldo entrou na antessala, deu bom dia para Amanda, para mim e entrou na sala de Elen.
Fiquei na antessala por duas longas horas.
Estava preocupado com o que ocorria dentro da sala, mas não pude deixar de reparar em Amanda.
Cabelos longos e ondulados. Alta e esquia.
O equilíbrio sobre aqueles enormes saltos á deixava empinadinha.
Seios fartos que eram hipervalorizados com os decotes que usava.
A fragrância do perfume de Amanda dava um contorno extra á toda aquela imagem de social sensual que fazia dela uma mulher desejada.
Não foi somente o longo tempo de espera que me fez ter fetiche por aquele corpo.
- Amanda. Você já pensou em... Fui interrompido quando a porta de Elen abriu e surgiu Vtec.
Da mesma forma, aquele sorriso que Amanda direcionava apenas para mim esvaiu-se para um local inacessível.
Não consegui deduzir o resultado da reunião pelas feições de Vtec, o que não eram nenhuma novidade, pois, exceto pelo “EUREKA” que ele soltava de vez em quando, era muito difícil ver alguma expressão em seu rosto.
- E ai Vtec? Como Foi? Só faltou agarra-lo pelo pescoço, pois o chacoalhão eu dei.
- Tudo bem. Eu acho. Vão me ligar depois. Eu acho. Vtec ainda suava muito.
- Ele está bem? Perguntou Amanda enquanto pegava um pouco de agua que trouxe para Vtec.
- Está ótimo, espero. Falei encarando Vtec.
- Tudo bem. Estou bem. Podemos ir embora?
- Claro, vamos, vamos. Abracei-o e saímos para toma ar.
Ficamos no pátio do estacionamento por uns dez minutos e acho que foi o suficiente.
A cor de Vtec voltara do pálido que assumira á algum tempo atrás.
Ele respirava normalmente e não ofegava mais.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

28/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 131


No Capítulo anterior...

Elen cobrou pressa.
- Você tem lido jornal? Esse cara que apareceu aí? O MEIOPARDO?
- Vai dizer que quer trazer esse maluco para cá também?
Elen riu ao dizer isso.
- Não. Quer dizer sim. Esse maluco sou eu. E está rolando algo sério, uma história de bomba que não está sendo muito divulgado e... Fui interrompido por Elen.
- O quê? Você esta colocando o meu projeto, o projeto de milhões de dólares em risco por uma coisa que você não tem nada a ver. Isso é coisa de segurança. É coisa de polícia.
Elen realmente ficou irritada.

Continuação...

- Você não entende. Eu tomo todo o cuidado. E é essa a parceria que quero. Apenas a compatibilidade com os tempos. A minha presença aqui para estes testes é inútil e acabei de mostrar para você.
Eu dei a cartada final.
- Veja por este lado. Você não tem como me impedir. Não tem como me vigiar e eu já provei isto também. Eu quero que você fique por dentro do que estou fazendo eu cuido do seu equipamento. Melhor ainda. Eu o aprimoro, o testo de verdade. Eu indico as correções. Que tal? Vamos trabalhar de verdade ou vamos brincar de bonequinho Pinóquio?
Eu não tinha mais segredos com Elen.
- É muito arriscado. Elen estava insegura.
- É no risco que evoluímos. Que evolução você viu depois que voltei de Boston? Nos últimos dois meses uma única pessoa, sem recurso algum implementou: visão noturna, audição com eco localização, prognóstico de movimentos entre outras coisas. Imagine se trabalharmos juntos?
Os olhos de Elen estavam brilhando.
- Eu estou em uma investigação onde terei que me dedicar e não sei se daqui á seis meses terá sido resolvido. Eu só quero uma adequação de agenda. A contra partida é toda sua. Então será minha parceira?
Eu queria arrancar aquele "sim".
- Ainda acho muito arriscado. Esse projeto é a minha vida.
Vi seus medos em seus olhos.
- Vamos fazer como fazem comigo. Uma adaptação. Aos poucos você se acostumará, eu prometo.
Eu teria um trabalho adicional para convencê-la, mas valeria a pena.
- Quarta-feira em casa eu mostro minhas habilidades e brinquedos. Topa?
Eu pensei em animá-la desviando das preocupações.
- Tudo bem, quarta vou te visitar.
Eu acho que ganhei o primeiro round, mas sei que ainda não ganhei a luta.
Um ponto de cada vez.
Na manhã seguinte fiz questão de levar Vtec á POLI.
Não estava tão quente, mas na sala da Amanda, ele parecia estar em uma sauna. Suava em bicas.
Por mais que tentasse, não conseguia acalma-lo. A Elen iria trucida-lo.
Quarenta minutos de espera e a chefa chegou.
Elen entrou na sala e eu entrei atrás dela.
- Elen, esse é o cara de quem eu falei. Ele é bem do tipo que vocês têm aqui. CDF e calado. Não faça perguntinha fácil que ele não responde.
Eu realmente não sabia o que falar á ela. O efeito maior que eu queria é mostrar á Vtec que estava falando com ela antes.
- Amanda, chame José Reginaldo agora.
Elen falou ao interfone.
- Se não tem mais a falar pode sair e mande seu amigo entrar. Bom dia.
Elen foi um poço de delicadeza como sempre.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

27/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 130


No Capítulo anterior...

- Os melhores já estão aqui, mas tudo bem nós faremos uma entrevista com ele, e essa história de três anos, quais as garantias?
Elen ficou interessadíssima e o número estatístico em minha cabeça estava para alcançar três dígitos.
- Eu tenho uma parceira? De confiança? Vou colocar minha vida em suas mãos, você coloca a sua nas minhas?
Eu já estava convencido, mas queria dramatizar.
- Deri, isso é tudo bobagem. Eu tenho que ver para crer. Preciso de confirmações.
Elen me desafiou.
- O seu projeto tem muitos dados satisfatórios, mas você não acha um tanto quanto limitado?
Também desafiei. Num jogo de cartas chamado truco, isto tem um nome: SEIS.

Continuação...

- Como assim, esta dentro do programado.
Retrucou Elen.
- Isso mesmo. Dentro do programado. Limitado.
Eu me afastei da mesa de Elen e virei ás costas para ela.
- O seu projeto prevê isto?
Fiz alguns movimentos com a perna que pareceram para ela um tanto quanto engraçados.
- Atire este grampeador em minha cabeça. Ordenei.
- Que bobagem, Deri. Isso é algum novo tipo de dança?
Elen não se interessou.
- Atire. Ou não confia em mim? Gritei com ela.
No mesmo instante Elen agarrou o grampeador e atirou.
Não que fosse acertar, pois Elen não era muito boa em apontaria, em um salto agarrei o grampeador no ar.
- Algumas pessoas têm sorte. Ela ainda não se convenceu.
Fui ate as janelas e fechei as grossas cortinas que impediam qualquer tipo de claridade.
Fui até os interruptores de luz da sala e apague a luminária por completo, restando apenas um pequeno abajur perto dos sofás da sala conjugada. Joguei o grampeador contra o abajur que se apagou ao impacto do mesmo.
- Atire três coisas ao chão. Aleatoriamente. Pedi e fui atendido.
Ao atirar o terceiro objeto as luzes se acenderam pelo meu acionamento do interruptor.
Os três objetos estavam em minhas mãos.
Elen ficou surpresa.
- Andou treinando bastante, hein?
Ficou visível a curiosidade de Elen.
- Não foi treinamento, Elen. Foi reprogramação. E foi meu amigo, o que quero aqui, quem fez.
Esclareci á ela.
- Muito bem. Traga-o amanhã cedo para uma entrevista. Tem algo mais?
Elen achou ter terminado a conversa.
- Sim tem. Até agora eu falei o que tenho a oferecer. Ainda não pedi nada.
Comecei um assunto delicado.
- Não enrole Deri.
Elen cobrou pressa.
- Você tem lido jornal? Esse cara que apareceu aí? O MEIOPARDO?
- Vai dizer que quer trazer esse maluco para cá também?
Elen riu ao dizer isso.
- Não. Quer dizer sim. Esse maluco sou eu. E está rolando algo sério, uma história de bomba que não está sendo muito divulgado e... Fui interrompido por Elen.
- O quê? Você esta colocando o meu projeto, o projeto de milhões de dólares em risco por uma coisa que você não tem nada a ver. Isso é coisa de segurança. É coisa de polícia.
Elen realmente ficou irritada.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

25/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 129


No Capítulo anterior...

- Em seis meses você receberá os implantes mais modernos do mundo. Não vai “amarelar”, hein? E se desvencilhou de minha mão.
Eu ainda estava “ligado” e comecei a computar a estatística. Bomba, cirurgia, afastamento...
Achei que algo sério estava acontecendo e era hora de agir á altura.
Fui atrás de Elen que se encaminhou para seu escritório no segundo andar.
Eu estava muitos passos atrás dela e ela não percebeu que eu a seguia.
Ao fechar a porta de sua sala adentrei na antessala.
- A Doutora Elen não ...
Amanda tentou me impedir de entrar.

Continuação...

- Agora não Amanda. Agora não. Eu a desloquei para o lado com o braço e alcancei a maçaneta da porta.
Entrei e tranquei a porta por dentro.
Elen estava sentando em sua cadeira quando me viu.
- O que é isto, deu para me seguir, agora?
- Elen, eu preciso de uma parceira. Não uma doutora. Não uma gestora de projetos. Alguém em que possa confiar.
- Não sou amante, não sou sócia, não sou confidente, nem freira. Não sei como te ajudar. Fria, nem piscou ao falar.
Ainda bem que eu estava “ligado”, lógico e matemático, como gosto.
Achei que poderia jogar o jogo dela.
- Vamos colocar assim. Além de colaborativo, como tenho sido até então, serei também participante. Eu agregarei algo mais.
Como é fácil aguçar a curiosidade de uma mulher, pensei.
- Muito bem, faça sua oferta. Elen prestava muita atenção em mim.
- Você tem que confiar cem por cento em mim, e eu em você. Fiquei observando sua reação.
- Iiiiii? Até aí Elen estava indiferente.
A cada expressão, á cada movimento de Elen, números estatísticos vinha á minha mente.
- Elen, você precisa incluir uma pessoa que conheço, no projeto.
Esperei o óbvio.
- Ah, tem uma namoradinha e quer dar emprego para ela? Agora entendi a história de parceira.
Elen foi irônica.
- Espera. Vamos falar um pouco mais sério que isto. Vamos falar do meu futuro, ou melhor, vamos falar do nosso futuro.
Continuei.
- Eu tenho um cara que dá de vinte á zero em noventa por cento desses seus estudantes que vocês chamam de “doutor”, você o põe no projeto e eu te dou três anos de tecnologia á frente.
As cartas do jogo foram abertas.
- Os melhores já estão aqui, mas tudo bem nós faremos uma entrevista com ele, e essa história de três anos, quais as garantias?
Elen ficou interessadíssima e o número estatístico em minha cabeça estava para alcançar três dígitos.
- Eu tenho uma parceira? De confiança? Vou colocar minha vida em suas mãos, você coloca a sua nas minhas?
Eu já estava convencido, mas queria dramatizar.
- Deri, isso é tudo bobagem. Eu tenho que ver para crer. Preciso de confirmações.
Elen me desafiou.
- O seu projeto tem muitos dados satisfatórios, mas você não acha um tanto quanto limitado?
Também desafiei. Num jogo de cartas chamado truco, isto tem um nome: SEIS.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

24/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 128


No Capítulo anterior...

Elen, de cima do palco não tirava os olhos de mim e fazia gestos para que me apressasse.
Subi ao palco em meio ao furor da plateia. Aplausos, hip hip hurra, bravo eram declamados.
Não era meu aniversário e eu queria muito entender tudo aquilo.
- Oi Elen. Festinha surpresa? Falei para atenuar a feições sérias e zangadas de Elen.
- Por que demorou? Quando eu chamar venha imediatamente.
Outra repreensão.
- E você acha que eu chegaria antes de todo mundo e perderia isso? Apontei para a plateia.
De posse do microfone, imediatamente Elen quase que ordenou.
- Silêncio. Silêncio. Estamos atrasados. Vou pedir pela última vez, Silêncio.

Continuação...

Como no comando de um maestro coordenando a sinfônica, na batida da batuta, a plateia se calou, sentaram-se e a “sala de aula” voltara á normalidade.
Elen me ofereceu a cadeira na mesa onde estava. Ao lado dela sentava-se um senhor enorme, não de peso, mas de altura. De pé deveria ter mais de dois metros e outra mulher, ruiva e com muita sarda no rosto, era quase amarela.
Elen tomou a palavra ao microfone que já estava em suas mãos.
- Estes são o professor doutor Marco Papo da AUCC (Associação das Universidades e Faculdades do Canadá) e a Doutora Ana Luisa Rodrigues da embaixada Canadense no Brasil e através deles, nós, a POLI, a USP e o Estado de São Paulo, estamos fechando um convênio de pesquisa e aplicação robótica.
Aplausos aconteceram.
- Neste convênio a AUCC está fazendo um aporte de 145 milhões de dólares americanos para continuidade do projeto “Homem do Futuro”.
Mais aplausos e desta vez Elen tentou continuar o pronunciamento só conseguindo falar na quarta tentativa.
- As assinaturas e as formalidades já foram cumpridas e os aportes iniciação em até dois meses. Do nosso lado, firmamos convênio com a FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo)  e em seis meses iniciaremos os implantes superiores e anexos.
Elen não conseguiu terminar a apresentação.
Um furor tomou conta do auditório. Aventais eram jogados para cima, pessoas se abraçavam, pulavam e urravam como que acontecera uma final de campeonato e o seu time ganhara a competição.
Nós nos levantamos e saímos.
Peguei Elen pelo braço:
- Elen, isso significa o que estou pensando? Eu perguntei já sabendo da resposta.
- Em seis meses você receberá os implantes mais modernos do mundo. Não vai “amarelar”, hein? E se desvencilhou de minha mão.
Eu ainda estava “ligado” e comecei a computar a estatística. Bomba, cirurgia, afastamento...
Achei que algo sério estava acontecendo e era hora de agir á altura.
Fui atrás de Elen que se encaminhou para seu escritório no segundo andar.
Eu estava muitos passos atrás dela e ela não percebeu que eu a seguia.
Ao fechar a porta de sua sala adentrei na antessala.
- A Doutora Elen não ...
Amanda tentou me impedir de entrar.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

23/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 127


No Capítulo anterior...

- Ele zerou na redação. Ela deu o veredito.
- Ãnnn?!? Só consegui emitir esse som.
- Ele prestou vestibular para a POLI, sempre foi o sonho dele, mas ele zerou na redação. Ele não consegue escrever. Ele não sabe se expressar. Confirmou Rosa.
- Mas alguém deve ter visto a prova dele. Ele deve ter ido bem nos resto, não? Ninguém falou com ele? Eu estava inconformado.
- Á sim. Ele foi nota dez em todas as matérias, acho que esse foi o problema. Ninguém vai “tão bem em todas as matérias”, então o acusaram de “cola”, de trapaça e foi chamado para uma entrevista. Ele não se expressa com pessoas, não se expressa no papel e sob acusação e pressão, ai sim. Não se defendeu e foi sumariamente cortado. Rosa foi muito clara na explicação.
Ficamos por mais de duas horas conversando e eu aprendi muito sobre aquela minha equipe. Tive muita raiva pelo que passaram, mas ao mesmo tempo muito orgulho. Eram vencedores, apesar de tudo.

Continuação...

Dei orientações á Vtec para leva a Blackbird para o Bene. Ele deveria abaixa-la quatro centímetros e fazer uma proteção extra no quadro detalhei para Vtec e Rosa aproveitou para fazer algumas alterações também. Como engenheira naval tinha muito conhecimento de hidro e aerodinâmica.
Eu me despedi de todos e fui para casa.
Antes de dormir decidi enviar um Correio eletrônico para o jornalista Luiz Nobrega Prymo.
O título foi:
“O QUE ACONTECERIA SE FORMASSEM UMA PARCERIA?”
Em anexo eu enviei os históricos de Sheyla Castro, Arthur Derinarde, Marcio Nonato e Alexsandro Vieira.
Eu abri uma conta em um provedor externo com o nome “Amigo do MEIO” e assinei assim.
No dia seguinte, na quadra da POLI, enquanto fazia meus exercícios e testes, fui informado que Elen queria me ver.
Terminei a segunda sequencia dos testes e fui para o segundo andar. Chegando á antessala eu não vi Amanda de Paula e fui direto para a porta da sala de Elen.
Dei duas batidas na porta e entrei.
A sala estava vazia.
Voltei e na dúvida se esperava ou ia embora, a porta se abriu e Amanda entrou.
Ela se assustou ao me encontrar.
- Onde está Elen? Perguntei antes mesmo de Amanda tomar folego.
- Estão todos no auditório e é para você ir para lá também. Amanda respondeu ofegante.
- Se estão no auditório, é para o auditório que irei. Respondi e saí para o destino.
Entrando no auditório, quase lotado, inúmeros colegas se adiantava para me cumprimentar.
Abraços, apertos de mão, tapinha nas costas, desarrumação no cabelo, e estas coisas de cumprimento.
Elen, de cima do palco não tirava os olhos de mim e fazia gestos para que me apressasse.
Subi ao palco em meio ao furor da plateia. Aplausos, hip hip hurra, bravo eram declamados.
Não era meu aniversário e eu queria muito entender tudo aquilo.
- Oi Elen. Festinha surpresa? Falei para atenuar a feições sérias e zangadas de Elen.
- Por que demorou? Quando eu chamar venha imediatamente.
Outra repreensão.
- E você acha que eu chegaria antes de todo mundo e perderia isso? Apontei para a plateia.
De posse do microfone, imediatamente Elen quase que ordenou.
- Silêncio. Silêncio. Estamos atrasados. Vou pedir pela última vez, Silêncio.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

22/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 126


No Capítulo anterior...

- Faz parte da implementação que colocamos em você. O ouvido humano percebe sons que variam de Vinte á Vinte mil hertz. Acima disso chamamos ultrassom e abaixo infrassom. A grande maioria de sons dessa faixa, ou seja, audíveis por nós, é acompanhada de infra e ultra. A alteração feita no tratamento de sons levou em consideração esta parte não audível e pudemos mandar impulsos para suas articulações a fim de criar uma proteção a mais. Foi o que aconteceu.
As explicações de Vtec me fascinavam.
- Que dizer que você criou reflexos robotizados? Perguntei.
- Interpretação e comandos rápidos. Não se usa o termo reflexo em robótica. Mais uma vez uma resposta professoral.
- O que você achou desse tal Arthur? Perguntei mudando de assunto novamente.
- Rosa, venha até aqui, Vtec falou no interfone.

Continuação...

- A rosa foi quem fez o levantamento. Como já falei, ela é uma excelente jornalista investigativa.
Em poucos segundos a menininha estava ao nosso lado e Fernanda trazia café.
- Rosa, fale de Arthur Derinarde. Vtec estava pedindo a biografia.
- Arthur Derinarde, trinta e nove anos, catalão, viveu na Irlanda por oito anos onde se especializou em explosivos. Ativista do IRA. Foi acusado de ter montado doze bombas de alto poder destrutivo. Nada foi provado, mas foi deportado para a Espanha. Algumas autoridades acham que ele foi responsável pela explosão do trem em Madri, mas novamente nada foi provado. Chegou ao Brasil há duas semanas e está sendo vigiado por agentes da Interpol com o apoio da policia federal brasileira.
- Ok. Peguei uma xícara de café e subi.
Estava tomando meu café e absorto em meus pensamentos sobre a bomba que estava para ser montada quando Rosa chegou ao meu lado.
- Se você quiser, eu vou embora. Rosa disse olhando em meus olhos.
- Vtec disse que você é competente e eu acredito. É que eu me preocupo como você, com Fernanda e com ele também. Sente-se. Ofereci a parte do sofá ao meu lado.
- Poxa, Vtec nunca falou de você. Alias Vtec nunca fala de nada. Provoquei um assunto.
- É. Ele é de poucas palavras. Ele sempre cuidou de mim. Não temos lembranças de nossos pais. Os perdemos muito cedo e desde então passamos nossa infância em orfanatos. Em escolas públicas participamos de feiras de ciências e gincanas de matemática onde ganhamos evidência. Alguns empresários, pais de colegas nossos enxergaram algum potencial em nós e nos proporcionaram melhores escolas, depois cursos, depois empregos e estamos aqui. Aquele havia sido um currículo melhor do que o que Vtec me apresentou.
- Não entendo porque Vtec não está no meu projeto oficial. Por que não está na POLI? Na verdade eu o queria onde estava, mas ele era muito bom para ser desperdiçado.
- Ele zerou na redação. Ela deu o veredito.
- Ãnnn?!? Só consegui emitir esse som.
- Ele prestou vestibular para a POLI, sempre foi o sonho dele, mas ele zerou na redação. Ele não consegue escrever. Ele não sabe se expressar. Confirmou Rosa.
- Mas alguém deve ter visto a prova dele. Ele deve ter ido bem nos resto, não? Ninguém falou com ele? Eu estava inconformado.
- Á sim. Ele foi nota dez em todas as matérias, acho que esse foi o problema. Ninguém vai “tão bem em todas as matérias”, então o acusaram de “cola”, de trapaça e foi chamado para uma entrevista. Ele não se expressa com pessoas, não se expressa no papel e sob acusação e pressão, ai sim. Não se defendeu e foi sumariamente cortado. Rosa foi muito clara na explicação.
Ficamos por mais de duas horas conversando e eu aprendi muito sobre aquela minha equipe. Tive muita raiva pelo que passaram, mas ao mesmo tempo muito orgulho. Eram vencedores, apesar de tudo.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

21/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 125


No Capítulo anterior...

- Não vou acabar com você agora porque tem um trabalho a fazer, mas quando terminar nós voltaremos a conversar. Aproveite para contar sobre este incidente para a Sheyla. Vou adorar receber ordens dela para eliminá-lo.
Com o barulho dos tiros os seguranças que estavam na área externa correram para a porta de vidro, decidi largar Alexsandro e saltei para o topo da escada.
Quando os seguranças entraram e começaram a subir os primeiros degraus eu já tinha saltado pela vigia e observava a casa do poste da frente.
- Base. Levante tudo sobre Arthur Derinarde, estou á caminho.
Em alguns minutos avisei.
- Base. Cheguei.
A porta se abriu e eu entrei.

Continuação...

Ao descer a escada secreta me deparei com uma jovem, aliás, uma linda jovem que aparentava não ter mais que dezessete anos.
Virei para Vtec.
- Quem é?
- Rosa. Respondeu Vtec.
- Rosa Tashima Bignardi. Irmã dele. Complementou a jovem.
- Rosa, vai lá para cima. Ordenou Vtec. E a moça obedeceu sem nenhum questionamento.
- Rosa é de confiança e inofensiva. Vtec falou já se desculpando.
Pelo cuidado e zelo ao projeto MEIOPARDO que Vtec vinha dispensando até então, não tinha dúvidas quanto á triagem que ele fazia quanto á pessoas que poderia saber.
- Mas por que a trouxe para cá. Não é arriscado, para ela? Perguntei para Vtec.
Estávamos sós, pois Fernanda também havia subido com Rosa.
- Nós estamos precisando de mais uma pessoa, aqui na base. Ela poderá nos ajudar bastante.
- Mas ela é uma criança. Apontei para o andar de cima.
Vtec riu.
- Todo mundo acha isso, mas o rostinho dela engana. Ela tem vinte e seis anos. É formada em engenharia Naval e muito boa em pesquisa jornalística. E...
Vtec estava descrevendo todo o currículo da moça.
- Vtec eu não tenho como pagar todos vocês. Falei interrompendo Vtec.
- Dinheiro, novamente dinheiro. A Fernanda, a Rosa e eu temos um emprego e não precisamos de mais dinheiro. Estamos aqui porque acreditamos no que você faz e no que fazemos. O tempo que o MEIOPARDO não está ativo nós nos ocupamos com o nossos empregos, então não se preocupe.
Tocamos mais meia dúzias de palavras e deixamos as coisas como encontrei.
- Mudando de assunto. O que foi aquilo na sala do Marcio Nonato. Como desviei daqueles tiros? Perguntei á Vtec.
- Faz parte da implementação que colocamos em você. O ouvido humano percebe sons que variam de Vinte á Vinte mil hertz. Acima disso chamamos ultrassom e abaixo infrassom. A grande maioria de sons dessa faixa, ou seja, audíveis por nós, é acompanhada de infra e ultra. A alteração feita no tratamento de sons levou em consideração esta parte não audível e pudemos mandar impulsos para suas articulações a fim de criar uma proteção a mais. Foi o que aconteceu.
As explicações de Vtec me fascinavam.
- Que dizer que você criou reflexos robotizados? Perguntei.
- Interpretação e comandos rápidos. Não se usa o termo reflexo em robótica. Mais uma vez uma resposta professoral.
- O que você achou desse tal Arthur? Perguntei mudando de assunto novamente.
- Rosa, venha até aqui, Vtec falou no interfone.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.