23/03/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 081


No Capítulo anterior...

A pessoa passou e não me viu.
Quem iria imaginar alguém no topo de um poste.
Saltei para outro e outro. Estava em uma esquina.
Sempre havia um poste, ou melhor, uma ponta de poste próxima.
Nada aconteceu aquela noite, pelo menos nada que precisasse de minha intervenção.
Voltei para casa e finalizamos os testes.
Fui informado por Vtec que a central ficaria em um local seguro e sigiloso, nem mesmo eu saberia onde é.
Assim a semana passou. Nas noites que o MEIOPARDO saia, a voz em minha cabeça se alternava entre Vtec e Fernanda, porém nunca mais estava só.

Continuação...

Minhas saídas noturnas se tornaram frequentes e a jornada dupla começava a ganhar uma companhia, o cansaço.
Negociei com o pessoal da POLI as manhãs livres para eu cuidar da minha vida, do meu social e utilizava este tempo para dormir e descansar.
Com o tempo e costume, MEIOPARDO adotou algumas rotas que estavam gravados em sua mente, ou melhor, em seus chips.
Estes caminhos já eram tão automáticos que certa vez ele decidiu fazer de olhos fechados, e obteve sucesso. Tanto os percursos terrestres como os aéreos, a sim, pular sobre o topo de postes foi algo que MEIOPARDO adotou.
Certa noite, tranquila e de lua cheia, muito clara, Fernanda Furlan, fazendo a vez de grilo falante, comentou na mente de MEIOPARDO:
- Tem algo acontecendo na Avenida Paulista, vai para lá enquanto tento descobrir.
Em meio á ruas quase desertas e postes altos, dois minutos depois da mensagem MEIOPARDO estava na esquina da Paulista com a Brigadeiro.
- Estou aqui, onde e o que é? Perguntou para ninguém.
- É um tiroteio de bandidos e PM na Caixa Econômica, perto do Trianon. Fernanda parecia nervosa.
MEIOPARDO se deslocou para o local e como os postes de iluminação da Avenida Paulista são muito altos e a claridade forte, ninguém conseguiria vê-lo, á não ser os helicópteros que já rodeavam, porém estavam preocupados com as atividades do solo e não um cara sobre o poste.
Observando atentamente a cena, como que gravando e utilizando os recursos de aproximação da central que Fernanda e Vtec montaram começaram a chegar instruções.
- São sete bandidos, dois com metralhadoras, três com fuzis e dois com pistolas automáticas. A polícia esta cercando tudo, você não tem como entrar sem ser visto. Finalizou Fernanda.
Comecei a olhar a fachada do prédio de vidros verdes da Caixa. E comentei.
- Procure uma rachadura nos vidros.
- Achei, no quinto andar, segunda da direita para a esquerda. Tem uma trinca, muito pequena no canto superior, mas o que você esta pensando em fazer? Perguntou Fernanda.
Antes de responder MEIOPARDO deu um saldo com tal força que o poste chegou a balançar soltando um dos holofotes que guardavam a grande lâmpada de vapor de sódio. O que de certo modo contribuiu para chamar a atenção de todos os presentes.
Não perceberam que a janela do quinto andar fora quebrada por algo ou por alguém que, agora, já estava dentro do prédio.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

0 comentários: