28/01/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 034


No Capítulo anterior...

- Sweet dreams.
Algum tempo passou e acordei com a sensação de uma ressaca danada, muita sede e dores em todo o corpo.
Um enfermeiro ao lado de minha cama arrumava o soro e seu conta-gotas.
- Hi. My name is Leonardo Yata. Can I help you?

Continuação...

- Água, water. Balbuciei ao que ele entendeu e colocou um canudo em minha boca ao mesmo tempo em que apertava um botão na parede.
Em poucos segundos meia dúzia de pessoas estavam em volta da cama e entre eles David.
- E aí, cinderela? Foi o Yata que te deu um beijo para acordar?
Pelo menos quatro outros entenderam a brincadeira e riram os demais estavam muito ocupados olhando monitores e fazendo anotações em tablets e outros equipamentos.
- Então David, correu tudo bem, ontem? Quando eu tenho alta?
Ao que me respondeu.
- Correu tudo otimamente bem, mas não foi ontem. Você ficou dezoito dias em coma induzida, isto faz parte da recuperação e alta, bem você nunca mais terá alta. Começaremos á partir de amanhã exercícios de musculatura, pois os nervos eletrônicos estão respondendo bem.
- Dezoito dias? Eu me assustei com o período.
- Por isso que estou morrendo de fome. Liga para o Brasil e manda trazer uma picanha. Era pura realidade.
Muitas perguntas foram feitas a mim e muitas outras eu fiz aos presentes, mas no geral parecia que tudo corria bem.
Durante o curativo tive uma noção do tamanho da intervenção. Tinha uma cicatriz que começava no calcanhar e terminava acima da nádega, quase no meio das costas, e isto nas duas pernas.
Não sentia dores fortes, parecia apenas que saíra da academia há poucas horas, aquela dorzinha muscular suportável.
Daquele momento em diante não saberia mais o que é ficar só, sempre tinha, pelo menos, três pessoas comigo, seja na cama, no banho ou até na privada, bem eu não tinha nada mais privado.
Foi uma semana muito proveitosa e cheio de novidades. Fiz muito exercícios, mas embora tenha feito a cirurgia nas pernas, os exercícios eram mais mentais e de coordenação que físico propriamente dito.
No final da primeira semana de treinamentos, eu recebi uma visita inusitada. Elen.
- Olha lá, a principal e mais interessada apareceu? Eu fui irônico.
- Estava garantindo a sua evolução. Disse por dizer, pois não precisava dar qualquer satisfação e continuou.
- Já li todos os relatórios e vi que tudo corre bem. Você fica aqui, quer dizer no MIT ainda seis meses antes de ir para casa. Até lá se comporte.
- Sim senhor. Bati continência e continuei.
- Você não sabe a chance que o MIT está perdendo. Parece que despertei sua curiosidade.
- Sim? E qual é? Ela disse levantando a sobrancelha esquerda.
- Transformar o robozinho Elen em um ser humano.
Com a cara amarrada disse antes de virar as costas e sair.
- Humanos não têm a menor graça.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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