No Capítulo anterior...
Acho que
todo psicólogo tem um problema de “toc”, só sabe trabalhar com hora cheia.
Eu me
despedi prometendo que á visitaria uma vez a cada quinze dias.
Entendi que
loucos não passam por consulta, fazem visitas.
Continuação...
Ao sair,
Rabelo, muito solícito já havia chamado o elevador e disse:
- Lindinhu,
não precisa marcar consulta, quando quiser aparecer é só ligar, a Dra.
Taia(pausa)colo estará á disposição.
Já na rua
fiz sinal para um táxi que passava.
- Cidade
Universitária, por favor.
A taxista
era bem baixa e olhava sobre o volante com algum esforço. Um pouco mais atento
eu vi que tinha feições e aparência de uma criança.
- Você é
menor de idade?
- Negativo
senhor. Tenho trinta e dois anos, mas não fique constrangido, todo mundo pensa
isso, embora não falem.
- Qual o
seu nome?
- Elo
Vessoni, senhor. Sou taxista há oito anos e essa é a melhor profissão do mundo.
- É, há
gosto para tudo, Elo.
- Senhor,
tem gente que fica fulo com o transito, xinga motoqueiro, acha que motorista de
ônibus e folgado, mas assim ó, eu ganho para dirigir, se vou mais rápido ou
mais devagar não importa, continuo sendo paga para dirigir. Agora, esse
pessoalzinho que vive com pressa que compre seu tele transporte particular.
- Senhor,
passo meu dia fazendo o que gosto, dirigir, converso com as pessoas mais
diferentes que se possa imaginar, quer coisa melhor?
- Imagine o
senhor que outro dia levei uma senhora que achava que era cachorro...
Em vinte
minutos estávamos nos portões da Cidade Universitária, e após algumas
explicações na portaria, estávamos no prédio da Poli, o que me poupou de ouvir
história da mulher que pensava que era cachorro.
Paguei o táxi e entrei no prédio.
Minha maior
dificuldade foi encontrar alguém num local que não tem recepção. Fui entrando
sem destino.
Ao cruzar
com pessoas de avental perguntava:
- Dra.
Elen?
- Onde
encontro Dra. Elen?
Todos
apontavam para frente e para os lados, mas não davam uma resposta verbal.
Serão que
suas línguas eram cortadas para garantir o sigilo? Pensei.
Entrei em
uma sala cheia de bancadas, com cabos e dutos de ar comprimido pendurados.
Pareciam bancadas de montagem de liquidificador ou algo do gênero.
Passeei por
toda a sala e tive a nítida impressão de ser invisível ou aqueles caras eram
robôs.
Precisei
pegar no ombro de um deles para perguntar:
- Onde está
a Dra. Elen?
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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