01/01/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 011


No Capítulo anterior...

Já, ela, lá embaixo, antes de entrar no trem, gesticulava em mímica e sem som, “TIA”, “GARÇA”, “ME LIGA” com a mão fazendo sinal de telefone.
Voltei para casa caminhando. Foram os dez quilômetros mais rápidos que percorri. Absorto em meus pensamentos eu viajei quase na velocidade da luz, mal percebi e já estava no portão de casa.

Continuação...

O resto do dia passou da mesma forma, monótono e rápido ao mesmo tempo. Já era tarde da noite quando peguei no sono.
Na manhã seguinte, como sempre, cedo estava de pé, mas não antes de certificar que o dia anterior não fora um sonho ou talvez um pesadelo.
O mundo continua girando e a academia já estava aberta.
O lindo sorriso de Gleide Gleidinha me dava boas vindas.
Olhei fixamente para seus olhos negros e perguntei.
- Você também sabia?
- Sabia do quê?
- Dos “equipamentos”? Sabia dos equipamentos?
- Por quê? A esteira quebrou? Você se machucou? Ai meu Deus, vou ligar para o Sr. Daniel Gomes, ele vai consertar. Qual delas?
- Não, não. Está tudo em ordem. Eu que me enganei. Bom dia.
- Ai que susto Deri. A gente fica de olho na manutenção, mas às vezes escapa. De qualquer forma o Sr. Daniel tem que vir aqui hoje, isso, eu vou ligar agora.
Fui para a esteira do fundo. Eduardo acabara de chegar e já estava no pique. Emparelhei e começamos a correr.
Conforme eu amentava a velocidade Eduardo aumentava também, até que teve um momento que ele diminuiu.
- Ai, ai, ufa, uau. Não aguento. Vai à frente que eu te alcanço.
- Era gritante a diferença de velocidade, além de eu ser mais jovem que Eduardo, minhas dobradiças, os tais equipamentos, também eram mais rápidos.
- Eduardo, qual é o seu papel. Perguntei desconfiado, mas sem muita certeza.
- Sou da segurança. Eu te acompanho. Claro, quando dá.
Eu me senti o verdadeiro Truman Burbank no filme O show de Truman com Jim Carrey. Eu era acompanhado vinte quatro horas por dia, um show da vida.
Neste momento entrou o David e como quem tivesse ouvido a conversa complementou.
- Se houvesse algum travamento ou pane no equipamento o Eduardo estaria por perto, para as devidas providências.
A semana transcorreu bem e o peso dos pensamentos deu uma trégua. Existiam, mas não sufocavam.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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