No Capítulo
anterior...
Aracy veio informar, novamente, que
alguém estava na portaria.
Era Vanessa Freixeira, que de imediato
entendeu a barulheira e meu objetivo, após uma rápida explicação.
Vanessa deveria fazer com que Waldir se
comportasse fisicamente como eu. Gestos, movimentos e postura. Há distância,
deveriam olhar para Waldir e me ver.
Vanessa e Waldir tiraram de letra. Ele
estava muito parecido comigo e pela primeira vez, observei minhas manias, meus
cacoetes, meus gestos.
Eu não fiquei cem por cento, contente
com esta descoberta.
Continuação...
Falamos por mais umas duas horas e o
silencio voltou á rondar minha casa. Que alívio. Mas era a única maneira de não
sermos ouvidos caso tivéssemos escutas.
Sentamos á mesa. Deliciamo-nos com a
refeição de Aracy e falamos apenas amenidades.
Terminamos o almoço e nos despedimos.
Vtec entregou para cada um de nós um
cartão que acabara de imprimir, e nele havia a frase:
“A amizade que nos uniu será o
suficiente para manter-nos unidos”.
Sorríamos ao ler o cartão, porém,
ficamos sérios quando liamos o verso.
Era uma combinação fantástica das doze
palavras da frase, tornando-se um código de conversa conforme sua disposição.
Entendemos de imediato seu funcionamento
e como deveríamos usar para evitar que outros soubessem do que se tratava.
- Decorem e destruam. Falou Vtec.
Já era meio da tarde e nada tinha para
fazer, decidi ir para a Poli. Vesti o macacão de couro, pois iria de moto e
quanto mais os seguranças se acostumassem como esta vestimenta, melhor.
Passei devagar por eles, os quais
começaram a me seguir. Fui de boa, o que facilitava para eles me seguirem.
O trânsito estava bom e chegamos rápido.
Fui para a sala com porta de cofre e não consegui entrar, decidir subir para falar
com a “gestapo”.
Amanda estranhou minha chegada solo, e
perguntou o que desejava.
- Vim só visitar você, mas como já estou
aqui, posso falar com Elen? Quase irônico.
- Ela não está no momento, mas tenho
ordens de atendê-lo no que for. Amanda foi muito solícita.
- Eu quero um crachá para aquela sala de
porta verde com senha, você tem?
Prontamente Amanda ligou para alguém
explicou a situação, agradeceu e desligou.
- O Senhor Eduardo está vindo para
resolver, quer água, café, chá?
Apontando para o canto da sala onde tinha uma mesinha com tudo isso e
mais um prado de biscoitos.
Eu me servi de água e senteis em um
enorme sofá de almofadas brancas e muito macias.
Em menos de quinze minutos estava
Eduardo me explicando normas de segurança, me entregou um crachá e informou a
senha 7676.
- Este chacha e senha abrirão algumas
portas e outras não. Não faça nada para perder este acesso. Eduardo foi
incisivo.
Apanhei um tablet dos muitos que tinha
nas bancadas, inseri o endereço que David Siqueira me passará da última vez que
aqui estive.
Foquei-me em ler tudo sobre conectores,
chaves e dispositivos neurais. Sobre este último me debrucei com mais atenção e
quanto mais eu lia mais ficava impressionado.
Algo sobre telemetria e módulo de
calculo interagindo com neurônios. Como a ciência está avançada, será que vão
colocar isso em mim, pensei.
Passado umas três horas senti uma mão
sobre os ombros. Era José Reginaldo.
- E aí Deri? Passando o tempo ou
estudando?
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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