26/02/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 059


No Capítulo anterior...

Aracy veio informar, novamente, que alguém estava na portaria.
Era Vanessa Freixeira, que de imediato entendeu a barulheira e meu objetivo, após uma rápida explicação.
Vanessa deveria fazer com que Waldir se comportasse fisicamente como eu. Gestos, movimentos e postura. Há distância, deveriam olhar para Waldir e me ver.
Vanessa e Waldir tiraram de letra. Ele estava muito parecido comigo e pela primeira vez, observei minhas manias, meus cacoetes, meus gestos.
Eu não fiquei cem por cento, contente com esta descoberta.

Continuação...

Falamos por mais umas duas horas e o silencio voltou á rondar minha casa. Que alívio. Mas era a única maneira de não sermos ouvidos caso tivéssemos escutas.
Sentamos á mesa. Deliciamo-nos com a refeição de Aracy e falamos apenas amenidades.
Terminamos o almoço e nos despedimos.
Vtec entregou para cada um de nós um cartão que acabara de imprimir, e nele havia a frase:
“A amizade que nos uniu será o suficiente para manter-nos unidos”.
Sorríamos ao ler o cartão, porém, ficamos sérios quando liamos o verso.
Era uma combinação fantástica das doze palavras da frase, tornando-se um código de conversa conforme sua disposição.
Entendemos de imediato seu funcionamento e como deveríamos usar para evitar que outros soubessem do que se tratava.
- Decorem e destruam. Falou Vtec.
Já era meio da tarde e nada tinha para fazer, decidi ir para a Poli. Vesti o macacão de couro, pois iria de moto e quanto mais os seguranças se acostumassem como esta vestimenta, melhor.
Passei devagar por eles, os quais começaram a me seguir. Fui de boa, o que facilitava para eles me seguirem.
O trânsito estava bom e chegamos rápido. Fui para a sala com porta de cofre e não consegui entrar, decidir subir para falar com a “gestapo”.
Amanda estranhou minha chegada solo, e perguntou o que desejava.
- Vim só visitar você, mas como já estou aqui, posso falar com Elen? Quase irônico.
- Ela não está no momento, mas tenho ordens de atendê-lo no que for. Amanda foi muito solícita.
- Eu quero um crachá para aquela sala de porta verde com senha, você tem?
Prontamente Amanda ligou para alguém explicou a situação, agradeceu e desligou.
- O Senhor Eduardo está vindo para resolver, quer água, café, chá?  Apontando para o canto da sala onde tinha uma mesinha com tudo isso e mais um prado de biscoitos.
Eu me servi de água e senteis em um enorme sofá de almofadas brancas e muito macias.
Em menos de quinze minutos estava Eduardo me explicando normas de segurança, me entregou um crachá e informou a senha 7676.
- Este chacha e senha abrirão algumas portas e outras não. Não faça nada para perder este acesso. Eduardo foi incisivo.
Apanhei um tablet dos muitos que tinha nas bancadas, inseri o endereço que David Siqueira me passará da última vez que aqui estive.
Foquei-me em ler tudo sobre conectores, chaves e dispositivos neurais. Sobre este último me debrucei com mais atenção e quanto mais eu lia mais ficava impressionado.
Algo sobre telemetria e módulo de calculo interagindo com neurônios. Como a ciência está avançada, será que vão colocar isso em mim, pensei.
Passado umas três horas senti uma mão sobre os ombros. Era José Reginaldo.
- E aí Deri? Passando o tempo ou estudando?

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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