04/02/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 040


No Capítulo anterior...

- Não, não sou militar. Sou piloto do banco R. Andrey. Sou eu quem pilota essa máquina. Inventaram essa oficial aí nem sei por quê. Boanerges disse com a maior naturalidade.
Wilmer percebeu para onde se caminhava a conversa e deu alguma explicação.
- É só uma questão de política internacional. O governo brasileiro não poderia participar de qualquer ação, em outro país, sem uma justificativa convincente, então o Dr. Rodrigo cedeu o...
- Então isso foi realmente um sequestro? Interrompi Wilmer dando um tapa na mesa.

Continuação...

Erick que estava calado fazendo dobraduras em seu guardanapo falou para terminar o assunto.
- Deri, você é assunto de estado e não estamos autorizados á discutir qualquer assunto com você. Se alguém tem explicações a lhe dar ou se alguém vai lhe dar qualquer explicação, não seremos nós.
Erick desfez o que estava fazendo no guardanapo, amassou-o com a mão esquerda, jogou sobre o prato e se retirou para toalete dizendo já de pé.
- Assunto encerrado.
Eliane, assustada com o tom de voz de Erick, não movimentava o talher, congelara a mastigação e  apenas os globos oculares pareciam ter movimentos.
Boanerges também percebeu a situação de Eliane, chamou a atenção dela dando de ombros, elevando as sobrancelhas e apontando o prato com a faca em seguida se dirigiu a mim no intuito de amenizar a situação que estava surda e muda.
- A Eliane aqui também faz parte da tripulação efetiva da nave. Muito boa comissária e excelente “chefe”, não acha? 
- Até o momento é a única coisa que posso concordar, com licença. Me levantei e fui ate minha poltrona onde estava meu tablet.
Enviei um E-mail para Elen. “Elen, me chame no Skype imediatamente”.
Uma facilidade dos dias de hoje, a rede Wi-Fi de banda larga a dez mil metros de altura era um sonho impensável há alguns anos atrás.
A última hora demorou uma eternidade á passar, ainda mais porque ficar acessando a caixa de entradas de emails a cada cinco minutos deixa ainda mais lento.
Dei um tapa no tablet jogando-o no chão, como se ele fosse o total responsável pelo que estava ocorrendo.
A comandante Mell que passava naquele momento por minha poltrona recolheu o tablet do chão e me devolveu com uma história.
- Certa vez ainda criança, jogando xadrez com meu pai, eu perdi minha rainha e comecei a chorar.
- Meu pai disse, “Enquanto você chorar por esta derrota não conseguirá sorrir pela vitória. Á cada perda, pare e reflita o quê de melhor poderá fazer para reverter à situação, tirando o máximo proveito, nem que seja o aprendizado”. Eu enxuguei as lágrimas do rosto, voltei o olhar para o tabuleiro e vi a oportunidade única de aplicar um xeque mate em papai.
- Após ganhar a partida perguntei a ele: Foi de propósito que me deixou ganhar? Ao que me respondeu:
“Não. Eu errei. Porém ao invés de chorar ao perceber meu erro decidi aguardar a próxima oportunidade da qual tinha certeza da vitória. Das duas, uma: Ou você não veria a jogada, pois estava chorando, ou eu veria seu sorriso ao final.”
Mell acrescentou:
- Tente tirar o máximo proveito. E foi para a cabine.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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