No Capítulo
anterior...
- Não, não sou militar. Sou piloto do
banco R. Andrey. Sou eu quem pilota essa máquina. Inventaram essa oficial aí
nem sei por quê. Boanerges disse com a maior naturalidade.
Wilmer percebeu para onde se caminhava a
conversa e deu alguma explicação.
- É só uma questão de política
internacional. O governo brasileiro não poderia participar de qualquer ação, em
outro país, sem uma justificativa convincente, então o Dr. Rodrigo cedeu o...
- Então isso foi realmente um sequestro?
Interrompi Wilmer dando um tapa na mesa.
Continuação...
Erick que estava calado fazendo
dobraduras em seu guardanapo falou para terminar o assunto.
- Deri, você é assunto de estado e não
estamos autorizados á discutir qualquer assunto com você. Se alguém tem
explicações a lhe dar ou se alguém vai lhe dar qualquer explicação, não seremos
nós.
Erick desfez o que estava fazendo no
guardanapo, amassou-o com a mão esquerda, jogou sobre o prato e se retirou para
toalete dizendo já de pé.
- Assunto encerrado.
Eliane, assustada com o tom de voz de
Erick, não movimentava o talher, congelara a mastigação e apenas os globos oculares pareciam ter
movimentos.
Boanerges também percebeu a situação de
Eliane, chamou a atenção dela dando de ombros, elevando as sobrancelhas e
apontando o prato com a faca em seguida se dirigiu a mim no intuito de amenizar
a situação que estava surda e muda.
- A Eliane aqui também faz parte da
tripulação efetiva da nave. Muito boa comissária e excelente “chefe”, não
acha?
- Até o momento é a única coisa que
posso concordar, com licença. Me levantei e fui ate minha poltrona onde estava
meu tablet.
Enviei um E-mail para Elen. “Elen, me
chame no Skype imediatamente”.
Uma facilidade dos dias de hoje, a rede
Wi-Fi de banda larga a dez mil metros de altura era um sonho impensável há
alguns anos atrás.
A última hora demorou uma eternidade á
passar, ainda mais porque ficar acessando a caixa de entradas de emails a cada
cinco minutos deixa ainda mais lento.
Dei um tapa no tablet jogando-o no chão,
como se ele fosse o total responsável pelo que estava ocorrendo.
A comandante Mell que passava naquele
momento por minha poltrona recolheu o tablet do chão e me devolveu com uma
história.
- Certa vez ainda criança, jogando
xadrez com meu pai, eu perdi minha rainha e comecei a chorar.
- Meu pai disse, “Enquanto você chorar
por esta derrota não conseguirá sorrir pela vitória. Á cada perda, pare e
reflita o quê de melhor poderá fazer para reverter à situação, tirando o máximo
proveito, nem que seja o aprendizado”. Eu enxuguei as lágrimas do rosto, voltei
o olhar para o tabuleiro e vi a oportunidade única de aplicar um xeque mate em
papai.
- Após ganhar a partida perguntei a ele:
Foi de propósito que me deixou ganhar? Ao que me respondeu:
“Não. Eu errei. Porém ao invés de chorar
ao perceber meu erro decidi aguardar a próxima oportunidade da qual tinha
certeza da vitória. Das duas, uma: Ou você não veria a jogada, pois estava
chorando, ou eu veria seu sorriso ao final.”
Mell acrescentou:
- Tente tirar o máximo proveito. E foi
para a cabine.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
0 comentários:
Postar um comentário