No Capítulo
anterior...
Vtec faz novas varreduras em meu corpo e
constatou que o secundário, o das costas, estava transmitindo.
- Coloque toda a camisa. Ordenou Vtec.
Em segundos a luz vermelha do LED ficou
verde. Achei que tivesse terminado, mas Vtec e Fernanda não piscavam, não estou
bem certo se eles respiravam.
Vtec refez leituras em meu corpo, fez
leituras na caixinha, tornou a fazer leituras em meu corpo.
- Tire a camisa, mas deixe o ombro
coberto. Insistiu Vtec.
Repetimos isso por mais de dez vezes e
por fim Vtec deu o veredito.
- EUREKA. Conseguimos.
Continuação...
Na ideia geral e pelo que eu entendi,
ficou assim:
Tenho uma roupa horrível que não permite
ondas de comunicação entrar ou sair de mim. Foi criado um dispositivo que
simula minha localização. Era quase tudo que eu queria, exceto uma coisa.
- Fernanda, como eu vou andar pela rua
com essa roupa ridícula?
Fernanda foi rápida e lógica como só
ela, Vtec e meia dúzia de Nerds seriam.
- Pode dizer que está indo á uma festa á
fantasia.
Somos interrompidos por Aracy que faz
sinal de que o interfone está tocando.
Era Waldir Martani Maria.
Ele subiu e expliquei para ele que o
motivo daquela barulheira, que aquele som alto era para disfarçar se tivéssemos
escutas.
Expliquei, também, á ele que queria um
sósia de corpo e como ele tinha as mesmas dimensões que eu, se aceitaria.
- Claro Deri. Pode contar comigo.
Confirmou meu amigo Waldir.
De imediato fomos fazer um teste.
Waldir vestiu minha roupa de couro,
macacão e luvas, pegou meu capacete e as chaves da moto.
Vtec ligou a caixinha preta.
Eu vesti meu ridículo uniforme. Pela
primeira vez, completo. Eu me senti o ET do filme.
A luz verde estava acesa e Waldir á
prendeu no sinto. Desceu pegou a moto e saiu.
Dá janela vi quando o carro dos
seguranças saiu atrás de Waldir, quer dizer de mim.
Comemoramos.
Não tínhamos muito que fazer na próxima
meia hora, tempo em que combinei com Waldir para voltar.
Enquanto isto, Fernanda e Vtec faziam
filtros, no notebook, para o tal gravador de sinais que eu levaria para a Poli.
Passou o tempo e Waldir retornou. Atrás
dele o carro com os seguranças. Primeira parte concluída, vamos para a segunda.
Vesti um agasalho largo e com capuz
sobre o uniforme, cor de cocô, e fui até a padaria, dois quarteirões de
distância.
Meu objetivo era comprar pão para
disfarçar e voltar, mas não tive coragem. Mesmo todo coberto. Entrar na padaria
usando aquela toca ninja que só deixavam meus olhos para fora, sem chances.
Voltei e constatei que não fora seguido.
Segunda etapa completa.
Eu já sou um cara invisível. Já tenho
dublê de corpo e de localizador, e aquela maldita roupa me incomodava muito.
Aracy veio informar, novamente, que
alguém estava na portaria.
Era Vanessa Freixeira, que de imediato
entendeu a barulheira e meu objetivo, após uma rápida explicação.
Vanessa deveria fazer com que Waldir se
comportasse fisicamente como eu. Gestos, movimentos e postura. Há distância,
deveriam olhar para Waldir e me ver.
Vanessa e Waldir tiraram de letra. Ele
estava muito parecido comigo e pela primeira vez, observei minhas manias, meus
cacoetes, meus gestos.
Eu não fiquei cem por cento, contente
com esta descoberta.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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