25/02/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 058


No Capítulo anterior...

Vtec faz novas varreduras em meu corpo e constatou que o secundário, o das costas, estava transmitindo.
- Coloque toda a camisa. Ordenou Vtec.
Em segundos a luz vermelha do LED ficou verde. Achei que tivesse terminado, mas Vtec e Fernanda não piscavam, não estou bem certo se eles respiravam.
Vtec refez leituras em meu corpo, fez leituras na caixinha, tornou a fazer leituras em meu corpo.
- Tire a camisa, mas deixe o ombro coberto. Insistiu Vtec.
Repetimos isso por mais de dez vezes e por fim Vtec deu o veredito.
- EUREKA. Conseguimos.

Continuação...

Na ideia geral e pelo que eu entendi, ficou assim:
Tenho uma roupa horrível que não permite ondas de comunicação entrar ou sair de mim. Foi criado um dispositivo que simula minha localização. Era quase tudo que eu queria, exceto uma coisa.
- Fernanda, como eu vou andar pela rua com essa roupa ridícula?
Fernanda foi rápida e lógica como só ela, Vtec e meia dúzia de Nerds seriam.
- Pode dizer que está indo á uma festa á fantasia.
Somos interrompidos por Aracy que faz sinal de que o interfone está tocando.
Era Waldir Martani Maria.
Ele subiu e expliquei para ele que o motivo daquela barulheira, que aquele som alto era para disfarçar se tivéssemos escutas.
Expliquei, também, á ele que queria um sósia de corpo e como ele tinha as mesmas dimensões que eu, se aceitaria.
- Claro Deri. Pode contar comigo. Confirmou meu amigo Waldir.
De imediato fomos fazer um teste.
Waldir vestiu minha roupa de couro, macacão e luvas, pegou meu capacete e as chaves da moto.
Vtec ligou a caixinha preta.
Eu vesti meu ridículo uniforme. Pela primeira vez, completo. Eu me senti o ET do filme.
A luz verde estava acesa e Waldir á prendeu no sinto. Desceu pegou a moto e saiu.
Dá janela vi quando o carro dos seguranças saiu atrás de Waldir, quer dizer de mim.
Comemoramos.
Não tínhamos muito que fazer na próxima meia hora, tempo em que combinei com Waldir para voltar.
Enquanto isto, Fernanda e Vtec faziam filtros, no notebook, para o tal gravador de sinais que eu levaria para a Poli.
Passou o tempo e Waldir retornou. Atrás dele o carro com os seguranças. Primeira parte concluída, vamos para a segunda.
Vesti um agasalho largo e com capuz sobre o uniforme, cor de cocô, e fui até a padaria, dois quarteirões de distância.
Meu objetivo era comprar pão para disfarçar e voltar, mas não tive coragem. Mesmo todo coberto. Entrar na padaria usando aquela toca ninja que só deixavam meus olhos para fora, sem chances.
Voltei e constatei que não fora seguido. Segunda etapa completa.
Eu já sou um cara invisível. Já tenho dublê de corpo e de localizador, e aquela maldita roupa me incomodava muito.
Aracy veio informar, novamente, que alguém estava na portaria.
Era Vanessa Freixeira, que de imediato entendeu a barulheira e meu objetivo, após uma rápida explicação.
Vanessa deveria fazer com que Waldir se comportasse fisicamente como eu. Gestos, movimentos e postura. Há distância, deveriam olhar para Waldir e me ver.
Vanessa e Waldir tiraram de letra. Ele estava muito parecido comigo e pela primeira vez, observei minhas manias, meus cacoetes, meus gestos.
Eu não fiquei cem por cento, contente com esta descoberta.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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