14/02/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 049


No Capítulo anterior...

- Preste atenção para subir e principalmente para descer. O amortecimento da descida é mais importante que o movimento para impulsionar. Fez-me repetir diversas vezes.
Cassia Raquel virou-se para Ricardo Régis que assentiu com a cabeça.
- Agora Deri, esta vendo aquela barra que sustenta o telhado, lá encima, em azul? Perguntou Cassia Raquel.
Nori que estava do outro lado da quadra filmando acendeu um holofote direcionado para o teto deixando o azul da barra mencionada por Cassia Raquel, ainda mais azul.

Continuação...

Cassia Raquel continuou falando.
- Neste mesmo movimento você saltará em direção á barra e retornará com o mesmo movimento. É importante retornar com o mesmo movimento.
- Você está querendo dizer que eu vou pular mais de dez metros de altura? Ah tá, conta outra. Falei desacreditado e zombando da cara de Cassia Raquel.
- Você quer pegar as esferas novamente? Cassia Raquel falou mais sério do que quando minha mãe me dava bronca ao fazer alguma arte.
Eu me recompus, olhei para cima e imaginei o movimento. Abaixar, saltar, cair, abaixar.
Cassia Raquel ainda disse algumas palavras.
- Se alcançar a barra, não segure, caia e repita o movimento de abaixar, ok?
Desacreditado de tudo, baixei.
Tudo ficou muito silencioso, não ouvia mais nada, parece que meus ouvidos tinham tampões ou como se eu mergulhasse em uma piscina e os sons ficaram lá em cima.
Ouvia minha respiração, meu coração.
Tudo se movia em câmera lenta, olhando para a barra azul, calculando mentalmente a distância e força necessárias. Desviei o olhar para Cassia Raquel que fechou o punho como que me desse algum tipo de força extra. Voltei os olhos para a barra e saltei.
Saltei totalmente vertical e mesmo que estivesse em uma velocidade acima do que jamais imaginara, parecia ainda estar em câmera lenta, e subia. Eu subia alto, e continuava subindo. O mundo para mim não existia mais. Somente uma barra azul existia. E a barra azul se aproximava. Eu não sabia ainda se alcançaria, mas ela se aproximava, e mais perto, e perto. Toquei com as duas mãos a tal barra azul, alta e distante.
O que foi que eu fiz? Mentalmente me perguntava. Como fizera aquilo? Do que eu era capaz?
Minha mente fervia, borbulhava.
Ao mesmo tempo em que toquei a barra azul comecei uma trajetória inversa. A descida.
Igualmente á subida, em minha mente o tempo passava devagar. A impressão é que estava em um sonho onde as coisas acontecem lentamente.
Bem agora eu estava descendo e era bom eu me preparar para a chegada ao chão. Pensei então na tela de duzentas polegadas. A bailarina subindo e descendo. Imaginei a chegada dela ao chão.
Espere aí.
Por que a bailarina
Eu fiz este movimento, eu sei fazer isto.
Automaticamente ao tocar o solo, apliquei o aprendizado e como um amortecedor de molas eu fiz um único movimento para baixo e outro para cima.
Estava no chão.
Olhei para Cassia Raquel depois para Ricardo Régis e perguntei para José Reginaldo que estava presente, mas não disse uma palavra desde que adentrou á quadra:
- Vocês viram isso?
- Vocês viram o que eu fiz?
- Quanto tempo demorou?
Eu estava eufórico.
- Quase quatro segundos, três e quarenta e dois milésimo. Gritou Nori do outro lado da quadra.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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