02/08/2012

Um Animal


Ainda sonolento abri os olhos, mas a manhã já gritava em meus sensíveis ouvidos.
                        
Meu nome é Jorge e me considero o ser mais feliz do mundo.
A primeira coisa a fazer é identificar onde estou, e através do olfato apurado percebo que estou em lugar seguro e já visitado anteriormente.
Observo um pote de agua fresca e alimento em forma de biscoitos ao qual dou mais importância no momento.
                        
Neste dejejum mastigo algum bocado até me saciar e após isso a água que esperava tem sua vez.
Verifico se tudo mais está em ordem e tenho minha atenção focada em um som que vem de fora...
São sons estridentes que já ouvi outras vezes de animais que normalmente pousam na sacada em busca de flores como alimento.
                        
Confirmado o fato visualizando através do vidro, asas parando de bate ao pousar na beirada do mini jardim da sacada, são duas aves que parecem famintas ao atacar sementes.
Nas diversas portas por que passo, sons quase inaudíveis acompanham imenso perfume de companhias que trazem alegrias e conforto.
                       
Na porta que considero mais importante, o som de respiração profunda me mostram que meus amigos ainda descansam do atarefado dia anterior.
                                                  
Devagar me aproximo de ambos e com um beijo muito sincero acordo cada um deles, pois sei que a hora de despertá-los é esta.
                                   
Ouço um “bom dia Jorge”, de um lado e um “Pô Jorge! Deixa mais cinco minutos” do outro lado, mas uma euforia imensa explode dentro de mim.
Raquel foi sempre mais dorminhoca que Beto, o que me força a empenhar mais energia nas manhãs.
Primeira etapa alcançada vou para a porta a espere de Raquel, que apesar de mais “reclamona” é a que primeiro se levanta e em minha direção, não deixo que me alcance.
Saio correndo em direção a uma porta especifica, claro que já sei que Fabio esta lá.
Raquel abre a porta e nem precisa chama-lo, eu já entrei e me encarrego da difícil tarefa.
                             
Fabio tem 17 anos, faz 18 em 2 meses, quase um adulto. Chegou tarde da balada e eu estava acordado a sua espera, ceia não tem hora certa, mas quando Fábio chega, é certeza.
Bem depois de 3 ou 4 empurrões e um , “tá bom Jorge”, Fábio já estava sentado na cama, sinal que a Dani era a próxima.
Raquel já deixara a porta entreaberta e o trabalho foi facilitado. Ao me aproximar de Dani, mesmo antes de beija-la já ouvi: “Pode parar Jorge, estou acordada e hoje tenho prova de química, por que você não vai fazer para mim?”
Apesar de algumas vezes, diria até poucas vezes, alguns acordarem de mau humor, sempre recebi positivamente a atenção de todos eles.
Bem alguns beijos, abraços e afagos depois todos saem e me obrigo a ficar atento para que tudo continue como tem que ficar. Não pisco um único olho para que tudo permaneça imóvel e nada mude de lugar. E é nesta confiança que recebo todos de volta ao final da tarde, com exceção do Fábio, claro, mas eu o perdoo, afinal ninguém é totalmente feliz sem a ceia noturna.
Por esse outros milhares de motivos, sou um beagle feliz. 
                                

  


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Os textos aqui constantes forada dm em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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