24/08/2012

Saga Derinarde XXII - Férias



Adoramos férias, principalmente quando crianças.
                             
Soltar pipa, jogar Gude, peão, futebol, bicicleta e muitas outras brincadeiras.
                                 
As viagens eram poucas, mas quando existiam aconteciam nos finais de semana, pois o trabalho dos pais não tinha esse privilégio.
Isso até meus avós Luiz e Isolina mudarem de casa, que até então moravam com a gente, lembra, dividíamos o quarto. Construíram uma casa em Itariri, litoral de São Paulo á 20 quilômetros de Peruíbe.
                         
Uma boa casa térrea, mas um quintal muito grande cheio de “pé de fruta”, horta e criação.
Não perdia um dia se quer e já embarcava para Itariri. Tinha primos de terceira, quarta e quinta gerações. Estes meus avós tinham e têm parentes desde Santos até Cananéia. Sabe lá o que é isso? Mais da metade do litoral paulista tem parente Bonna ou Marietto.
                         
A região de Itariri é uma região muito conhecida pela plantação de banana. Aliás o Vale do Ribeira é o maior produtos nacional de bananas com uma área plantada de 30 mil hectares e o mais legal, só de pequenos produtores.
                     
Meus avós conheciam muita gente que plantava bananas e passear no bananal é algo inexplicavelmente diferente.
Primeiro que parece um labirinto gigante, 20 segundos caminhando e você perde completamente a noção de onde tem que ir, é tudo muito igual. O segredo informado pelo Jorge, filho do Argemiro que é o dono do bananal é seguir o cachorro. 
 
                               
Impressionante, mas quando ele falou pra casa box, o bichinho e vila latas preto com a orelha esquerda banca e encardida nem piscou, pulou na frente e sem nenhum desvio nos levou de volta. Fico imaginando se o danado um dia encontrasse uma fêmea.
Encontramos ninhos de pássaros, lagartos Teiu, aranhas dos mais diversos tamanhos e tipos, borboletas e até cobra.
 
Fome nós nunca passamos, era só esticar os braços e já alcançávamos uma banana, desde as mais verdes até as bem maduras, era só escolher.
                                   
Isso se repetiu por vários anos, mas nunca uma vez foi igual á outra, até que meus avós, novamente neste estilo cigano de viver, construíram uma nova casa em Mongaguá, muito perto da praia.
                            
Agora eu já era um jovem de doze ou treze anos e sabia beija, mas fica para a próxima.



  


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Os textos aqui constantes forada dm em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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