31/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 134


No Capítulo anterior...

- Manolo? O Manolo? Arthur gritava como um desesperado.
Um dos seguranças, o que estava mais próximo da porta de vidro deu duas batinas na mesma, chamando a atenção de quem estava dentro.
Foi Marcio quem saiu até a porta e o segurança apontou para Arthur, na pick-up.
- Dile Arthur. ¿Qué quieres? Marcio chegava perto do veículo.
- Manolo, los circuitos. La caja de circuitos, ¿dónde está? Gritava Athur.
- Cicuito? El circuito no há llegado. Marcio levantou os braço em sinal de nada há fazer.
- Follando su mierda. ¿Qué estoy haciendo aquí? Sin cirduto esto es un pedazo de mierda. me voy. Arthur falou zangado jogando as ferramentas no chão.
- Espera, espera, escucha. Marcio não teve como segura-lo.
Arthur abriu o portão e foi embora.

Continuação...

Entendi que, como a caixa de circuito ainda não havia chegado, ganhamos um certo tempo. Mas de quanto seria este tempo?
Não obteria resposta ali, naquela casa. Resolvi seguir Arthur.
Parte terrestre e parte sobre postes, com pequeno sacrifício eu consegui acompanhar o SUV de Arthur.
Ele se dirigiu para o centro da cidade e entrou em um estacionamento na Rua Aurora, muito próximo do Largo do Arouche.
Arthur saiu á pé e caminhou duas quadras entrando em um hotelzinho de terceira categoria.
Fiquei ali na frente pensando o que poderia fazer quando a sorte mais uma vez acenou para mim.
A janela da frente se abriu mostrando Arthur já sem a camiseta.
Percebi que entrara em uma porta interna, talvez o banheiro.
Como a janela me convidava a entrar, não fiz esta desfeita.
Estava do outro lado da rua e um salto foi o suficiente para estar sobre a marquise estreita, porém, o suficiente para ficar a centímetros da janela que me convidara á entrar.
Sorrateiramente entrei e espreitei a porta que Arthur entrara, realmente era o banheiro e o chuveiro estava ligado.
Esperei por meia hora enquanto Arthur cantarolava sob a agua quente. Muito mal por sinal, nem a língua espanhola atenuava.
Enquanto estava só no quarto, vasculhei o que fosse possível.
Encontrei três ou quatro documentos com a foto de Arthur, mas nomes totalmente diferentes. Documentos falsos.
Encontrei uma arma, e alguns papeis enrolados feito pergaminho. Eram folhas de papel vegetal e ao desenrolar algumas folhas percebi que serem esquemas elétricos. De bombas, talvez.
Quando a porta se abriu uma figura caricata surgiu.
Enrolado em uma toalha, um sujeito muito magro e meio arqueado.
Cabelo molhado mostrando uma franja, falhada nas laterais. Um bigodinho muito fino e distante do nariz, que por sua vez, não era nada modesto.
Minha vontade na hora era de rir e de repetir o refrão de chapeuzinho vermelho: “Vovó, mas que nariz grande você tem?”, mas me contive.
Resolvi usar meu fraco espanhol.
- No hay peligro. Sheyla envía la señal de que el circuito está en camino. Sólo esto. Me voy. Penso que ele entendeu.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

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