07/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 119


No Capítulo anterior...

- Sem problema, é leve. Se não tiver pressa até uma 125cc leva bem.
- É um pouquinho maior, a minha... Fui interrompido por Adilson.
- Estava pensando... Adilson mostrou-se prestativo.
- Eu tenho um depósito na beira d’água e posso deixa-lo lá para você. Passo a corrente e te dou as chaves. Você o usa e devolve no mesmo lugar. Assim ninguém esquenta com horário. O que você acha?
- Maravilha. Fique realmente feliz.
- Leve este selo junto com as chaves. O pessoal da segurança já estará sabendo, mas se alguém perguntar mostre o selo. Boa sorte.

Continuação...

Moto e Jet arranjados, o plano começava a tomar forma. Voltei para casa.
A repercussão da bomba no estádio, na mídia, foi pequena, de bomba, virou ameaça de bomba e em dois dias ninguém falava mais no assunto, porém na polícia militar e na polícia federal a coisa tomou o vulto que merecia. Toda a inteligência foi disponibilizada para a tarefa e acompanhamento. Até o exército estava de prontidão e colaborando, afinal era terrorismo internacional.
Os aeroportos estavam agora com a presença de mais homens, os portos tinha a presença da marinha mais atuante, as fronteira terrestres eram mais bem vigiadas, mas essas coisas em qualquer lugar do mundo, sempre tem um jeito de “fazer passar” e, em se tratando de Brasil, mais fácil ainda.
Na noite seguinte pedi para Vtec buscar a moto que já estaria pronta, conforme prometido por Bene.
E estava.
Vtec levou-a para a base e no quintal dos fundos da casa, onde não levantariam olhares curiosos, Vtec tirou tudo que não seria necessário para uma moto que pretendia ser anônima e sorrateira.
Vtec tirou placas e luzes sinalizadoras, farol e frisos. Literalmente depenou a coitadinha. Era apenas o quadro, motor e as carenagens protetoras que o Bene havia pintado de cores escuras e sem brilho.
Em um local de pouca luz ela jamais seria visto se não se prestasse muita atenção.
Cobriu-a e livrou-se das sobras.
Na noite da fatídica quinta-feira, assim que o sol se pôs e as primeiras sombras surgiram, MEIOPARDO surgiu também.
Rapidamente chequei á base e já sobre a parda Blackbird dei a partida. Que som maravilhoso tem essa moto.
Agora sem um monte de apetrechos ela parecia menor e provavelmente estaria mais leve.
Passei pelo estreito corredor onde as manoplas tinha uma distância máxima de um centímetro de cada lado entre as paredes.
As ruas de acesso á rodovia dos Imigrantes passaram rapidamente pelos pneus largos daquela máquina e ao acessar a rodovia a injeção eletrônica só tinha um comando: abrir a passagem de combustível.
Em poucos segundos estava á trezentos quilômetros por hora. Minha visão privilegiada incluindo o infravermelho se mostravam mais eficientes que qualquer farol de xênon.
Foram apenas minutos para acabar a serra e já estava na rodovia cônego Domênico Rangone que acessa o Guarujá.
Cheguei ao ponto onde estava o Jet e olhei o cronômetro. Foram vinte minutos de São Paulo ao Guarujá. UAU!!
Lembrei que lá atrás, na estrada, algumas pessoas estavam tentando entender o que foi aquilo que passou, tanto nos postos da polícia rodoviária quanto nos pedágios.
O Jet estava do jeito que Adilson havia falado. Acorrentado quase dentro da água. Encostei a Blackbird em um local de pouca visibilidade para quem por ali passasse e passei por um pequeno portão de tela, cuja chave fornecida por Adilson, entrou perfeitamente em sua fechadura.
Soltei o cadeado e corrente do Jet e sem muito esforço escorregou para a água.
Subi e liguei. Silencioso.
Vagarosamente comecei a descer o canal para os pontos que havia vislumbrado no mapa da loja do Adilson.
O primeiro ponto localizado não era bem o que eu esperava então fui para o próximo.
Perfeito.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

0 comentários: