09/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 121


No Capítulo anterior...

O som ao fundo trouxe um toc, toc, toc que foi aumentando conforme o tempo passava.
Outros quatro se uniram ao grupo.
A movimentação de um carro chegando, mais atrás do galpão, logo se mostrou o real início da atividade.
Marcio Nonato e outro que imaginei ser Alexsandro Vieira, pela atitude, chegaram com mais seis seguranças igualmente armados.
Eu já contabilizava dez seguranças mais Marcio e Alexsandro. A festa seria boa.
O toc, toc logo contornou a curva da entrada e se mostrou um barco rebocador. Aqueles que puxam navios na entrada do cais.
Veio tranquilo, na mesma batida e encostou-se à doca que até então estava interditada.

Continuação...

Além do capitão tinha o imediato que é o auxiliar do capitão e mais três seguranças armados.
Trocaram algumas palavras rapidamente entre os embarcados e não embarcados.
O rebocador recebeu os homens de terra, exceto os dois que primeiro chegaram á doca, ficariam ali, de guarda.
O rebocador manobrou e se retirou pelo mesmo caminho que veio. Lento e constante.
Era a hora de eu começar a me movimentar e foi o que literalmente eu fiz.
Embora o motor do SEA DOO seja um dos mais silenciosos, eu não confiei que o ligar do motor naquele instante seria algo seguro.
Deslizei para trás entrando na água e usando de uma velocidade acima do normal para um humano comum comecei a bater as pernas sob a água.
Agora sim, silenciosamente me movimentei para uma distância que considerei segura, subi no Jet, ligue e comecei a seguir o rebocador.
No mar, o que é escuro fica ainda mais escuro, porém, não me atrevi a chegar muito mais perto do rebocador, embora soubesse que poderia chegar até cinco metro que não seria visto.
Segui a luz vermelha no alto do rebocador por bons vinte minutos. Estávamos longe do porto.
Na baia onde navios aguardam para receber ordens para atracar estava tudo quieto, não parecendo ter atividade alguma, mas os motores dos navios que ali permaneciam os delatavam.
Navios que ficam por dias ou semanas aguardando a autorização para atracar não desligam os motores nunca. São os próprios geradores de eletricidade.
O rebocador posicionou e encostou-se a um desses cargueiros, na parte mais á popa, nome dado á parte traseira de uma embarcação, e após uma comunicação pelo rádio, uma escada deslizou do navio em direção ao mar.
Quatro homens subiram á escada.
Eu posicionei o Jet na parte da frente do navio e, junto á corrente da ancora dei um jeito de prender. Não queria perde-lo àquela distância.
Entrei na água e deslizei até á lateral do rebocador.
Não ouvi nada de interessante dos homens que aguardavam no rebocador. Aparentemente não sabiam o que seria desembarcado ali e cogitavam drogas ou armas.
Cerca de quinze minutos depois o rádio de um deles fez som de comunicação e uma voz anunciou:
- Prepárate, vamos hacia abajo. Era Alexsandro avisando que iniciariam o desembarque.
Todos os embarcados olhavam para cima, esperando enxergar algo na escuridão.
O imediato se posicionou á frente da cabine do Capitão e informava da posição e distância do rebocador ao navio gesticulando vez em quando para que não houvesse acidente.
Antes que qualquer homem embarcado pudesse ver alguma coisa, minha visão infravermelha denunciava a movimentação na borda do navio á pelo menos quinze metros de altura.
Através de cavaletes, roldanas e cordas, posicionaram e começaram a descer uma caixa de pouco mais de um metro cúbico.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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