No Capítulo
anterior...
- Não vou acabar com você agora porque tem um
trabalho a fazer, mas quando terminar nós voltaremos a conversar. Aproveite
para contar sobre este incidente para a Sheyla. Vou adorar receber ordens dela
para eliminá-lo.
Com o barulho dos tiros os seguranças que estavam na
área externa correram para a porta de vidro, decidi largar Alexsandro e saltei
para o topo da escada.
Quando os seguranças entraram e começaram a subir os
primeiros degraus eu já tinha saltado pela vigia e observava a casa do poste da
frente.
- Base. Levante tudo sobre Arthur Derinarde, estou á
caminho.
Em alguns minutos avisei.
- Base. Cheguei.
A porta se abriu e eu entrei.
Continuação...
Ao descer a escada secreta me deparei com uma jovem,
aliás, uma linda jovem que aparentava não ter mais que dezessete anos.
Virei para Vtec.
- Quem é?
- Rosa. Respondeu Vtec.
- Rosa Tashima Bignardi. Irmã dele. Complementou a
jovem.
- Rosa, vai lá para cima. Ordenou Vtec. E a moça
obedeceu sem nenhum questionamento.
- Rosa é de confiança e inofensiva. Vtec falou já se
desculpando.
Pelo cuidado e zelo ao projeto MEIOPARDO que Vtec
vinha dispensando até então, não tinha dúvidas quanto á triagem que ele fazia
quanto á pessoas que poderia saber.
- Mas por que a trouxe para cá. Não é arriscado,
para ela? Perguntei para Vtec.
Estávamos sós, pois Fernanda também havia subido com
Rosa.
- Nós estamos precisando de mais uma pessoa, aqui na
base. Ela poderá nos ajudar bastante.
- Mas ela é uma criança. Apontei para o andar de
cima.
Vtec riu.
- Todo mundo acha isso, mas o rostinho dela engana.
Ela tem vinte e seis anos. É formada em engenharia Naval e muito boa em
pesquisa jornalística. E...
Vtec estava descrevendo todo o currículo da moça.
- Vtec eu não tenho como pagar todos vocês. Falei
interrompendo Vtec.
- Dinheiro, novamente dinheiro. A Fernanda, a Rosa e
eu temos um emprego e não precisamos de mais dinheiro. Estamos aqui porque
acreditamos no que você faz e no que fazemos. O tempo que o MEIOPARDO não está
ativo nós nos ocupamos com o nossos empregos, então não se preocupe.
Tocamos mais meia dúzias de palavras e deixamos as
coisas como encontrei.
- Mudando de assunto. O que foi aquilo na sala do
Marcio Nonato. Como desviei daqueles tiros? Perguntei á Vtec.
- Faz parte da implementação que colocamos em você.
O ouvido humano percebe sons que variam de Vinte á Vinte mil hertz. Acima disso
chamamos ultrassom e abaixo infrassom. A grande maioria de sons dessa faixa, ou
seja, audíveis por nós, é acompanhada de infra e ultra. A alteração feita no
tratamento de sons levou em consideração esta parte não audível e pudemos
mandar impulsos para suas articulações a fim de criar uma proteção a mais. Foi
o que aconteceu.
As explicações de Vtec me fascinavam.
- Que dizer que você criou reflexos robotizados?
Perguntei.
- Interpretação e comandos rápidos. Não se usa o
termo reflexo em robótica. Mais uma vez uma resposta professoral.
- O que você achou desse tal Arthur? Perguntei
mudando de assunto novamente.
- Rosa, venha até aqui, Vtec falou no interfone.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
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