01/06/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 135


No Capítulo anterior...

Encontrei uma arma, e alguns papeis enrolados feito pergaminho. Eram folhas de papel vegetal e ao desenrolar algumas folhas percebi que serem esquemas elétricos. De bombas, talvez.
Quando a porta se abriu uma figura caricata surgiu.
Enrolado em uma toalha, um sujeito muito magro e meio arqueado.
Cabelo molhado mostrando uma franja, falhada nas laterais. Um bigodinho muito fino e distante do nariz, que por sua vez, não era nada modesto.
Minha vontade na hora era de rir e de repetir o refrão de chapeuzinho vermelho: “Vovó, mas que nariz grande você tem?”, mas me contive.
Resolvi usar meu fraco espanhol.
- No hay peligro. Sheyla envía la señal de que el circuito está en camino. Sólo esto. Me voy. Penso que ele entendeu.

Continuação...

Ele não esboço nenhuma reação e para confirmar o meu blefe, então, fui até a janela sem dizer nada.
- ¿Quién es usted? Perguntou Arthur, como eu muito esperava.
- Soy un amigo que quiere asegurarse de que todo va bien y voy a traer el dinero. Se você quiser jogar uma isca para um trapaceiro, jogue dinheiro. Infalível.
--- Tecla SAP apertada ---
- Diga a Sheyla que aumentou. Eu devia montar hoje e não, ter que voltar. Agora é cincoenta por cento mais caro. Ele falou muito rápido e não entendi perfeitamente, mas sabia que ele queria mais dinheiro.
Eu poderia até concordar. Primeiro é que o dinheiro não é meu, aliás nem mesmo sei de onde virá este dinheiro, mas como já assisti muito filme de bandido durão, resolvi engrossar e tratar de igual para igual.
- Quer discutir pessoalmente com Sheyla ou quer que volte aqui para executar o pedido dela para acertar com você? Ele viu meus olhos, sob a máscara, á encara-lo.
- Volto uma única vez mais. De hoje á três dias. Se não tive chegado, não volto mais. Tentou corrigir o mal entendido.
Saltei da janela e vi quando ele se aproximou da mesma a me procurar na escuridão, porém sem me achar.
Sabia que não tinha muito mais á fazer ali, MEIOPARDO foi embora.
Já em casa decidi enviar outro Email para Luiz Nobrega Prymo.
Contei á ele que a bomba já estava no Brasil e até o endereço onde se encontrava, bem como o nome dos responsáveis pela guarda.
Disse á ele que Arthur Derinarde era o montador e aguardava apenas a chegada do circuito de detonação e que ocorreria nos próximos três dias.
Assinei o Email novamente como “Amigo do MEIO”.
Fui descansar.
Na manhã de quarta-feira recebi um recado de David Siqueira. Ele estava na academia á minha espera.
Tomei aquele café reforçado de proteínas, pois se David chamou, o treino deveria ser pesado.
Na academia encontrei a graciosa Gleide Santana.
- Bom dia Deri. Anda sumido. Abandonou os treinos ou mudou de academia? A simpática e sorridente Gleide puxava assunto.
- Tenho andado muito ocupado, mas prometo retomar os treinos. Tanto é que estou aqui, hoje. Tentei ser simpático á altura.
Fui até os fundos onde David fazia bíceps no APOLLO.
- Bom dia David. Deri se apresentando. E bati continência.
- Bom dia Deri. Você terá uma cirurgia grande em breve e precisamos preparar estes músculos para isto.
David tirou do bolso um pequeno pendrive e me entregou.
- Estas são suas sequências. Nem mais nem menos. Você me agradecerá depois. Pode começar.
Fui até o computador de Gleide e pedi á ela para baixar minhas sequências.
Foi o que ela fez.
Ao abrir o arquivo ela soltou uma expressão de espanto.
- Uau! Você vai disputar um MMA?
- Muito puxado é? Perguntei á ela, pois de onde estava não via a tela do computador.
- Isso é nível “Cigano”, para não dizer outra coisa. Vai ser doido. Ela estava espantada e ao mesmo tempo fascinada com a exigência dos exercícios.
Pedi á ela que deixasse guardado em seu computador, pois ela faria meu controle e fui para o aquecimento.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

0 comentários: