03/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 116


No Capítulo anterior...

Avistei os muros altos e com cerca elétrica, mas de fácil transposição para o MEIOPARDO. Na área externa da casa nenhum som ou variação de temperatura que o infravermelho pudesse detectar. Bom sinal. Saltei para o jardim e dei uma volta completa na casa.
Tudo fechado, mas com luzes internas acessas e som de televisão que somente MEIOPARDO poderia captura naquela distância.
Uma pequena escotilha no andar superior, providencial, serviria como entrada.
Saltei em direção á escotilha e como um atleta de saltos em alturas, os movimentos do corpo moldaram-se á estreita passagem.
Impressionante as alterações que Vtec havia proporcionado com o novo software. Eu quase que conseguia mudar a direção e velocidade de um salto. Coisa que com o sistema do projeto jamais conseguiria. Era muito rígido.
Da mesma forma que passei suavemente pela escotilha fiz um giro no ar caindo com os pés no chão. Nesta posição os giro estabilizadores se encarregavam de me manter equilibrado e em pé.
- Uau! Falei baixinho impressionado com o que havia feito.

Continuação...

A saleta em que me encontrava era pequena e baixa. Havia nela um sofá, uma escrivaninha e uma TV. Era um pequeno escritório, mas pelo jeito não era ocupado á bastante tempo.
Abri a porta e comecei á busca.
Encontrei ninguém no andar superior e fui para o térreo, de onde vinha o som da TV.
Do topo da escada que saia de um corredor dos quartos e terminava no meio da sala avistei um homem com grandes costeletas e um enorme bigode que, com o controle remoto na mão, pulava de canal á canal em busca de noticias.
Na dúvida se o homem me notaria ou não saltei para o andar onde ele se encontrava.
O homem assustou com aquilo que veio em sua direção e cruzou os braços sobre a cabeça em um reflexo para se proteger.
- Ai. O que é isso? Madre de Deus. Dizia quase chorando.
Sentei-me ao lado dele, mas tão junto que parecíamos siameses.
- Marcio Nonato, como eu queria te conhecer. Falei de forma á intimidá-lo.
- Por favor, senhor, Eu não fiz nada. Eu não sei nada. Por favor. O homem estava realmente apavorado.
Decidi explorar melhor a situação e joguei todos os verdes que tinha esperando uma boa colheita.
- Quem não sabe nada é um ex-presidente daqui. A Sheyla pediu para fazer uma visita á você. Ela quer saber se você fez tudo como o combinado. Apertei-o um pouco mais no sofá.
- Claro que fiz. A polícia já está no estádio. Não sei por que essas porcarias de jornais não falam nada. Já deveria ter um alvoroço. Mas eu fiz exatamente como combinado, eu juro, eu fiz. Percebi que o sofá estava molhado sob Marcio, e não era água limpa.
- E o próximo encontro, você irá, não irá? Apertei-o novamente.
- Claro. Sim, sim. É só ela ligar que irei.
- Só para saber se você está colaborando direitinho, o que você vai fazer até lá? Desta vez peguei um chumaço de pelos de seu grosso bigode e o puxei como se fosse arranca-los se não ouvisse a resposta certa.
- Nada. Quer dizer esta semana, nada. Semana que vem vou buscar uma carga com Alexsandro Vieira, no porto de Santos. Só isso. Conforme ele falava eu puxava um pouco mais o seu bigode.
- Que dia, hora, detalhes.
- Quinta. Quinta-feira, onze horas da noite, cais, doca dezenove.
- Esteja lá então, senão eu volto para cobrar. Falei e soltei o bigode do infeliz.
Fui até a porta da frente. Abri-a e sai. A porta era de vidro transparente. Virei para Marcio que me olhava com os olhos esbugalhados de tão abertos, apontei para ele e dei um salto para a rua esperando impressioná-lo ainda mais.
Achei conveniente não visitar Alexsandro Vieira na mesma noite, pois Marcio Nonato iria alertá-lo e de qualquer forma eu já tinha o próximo ponto de encontro.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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