25/05/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 129


No Capítulo anterior...

- Em seis meses você receberá os implantes mais modernos do mundo. Não vai “amarelar”, hein? E se desvencilhou de minha mão.
Eu ainda estava “ligado” e comecei a computar a estatística. Bomba, cirurgia, afastamento...
Achei que algo sério estava acontecendo e era hora de agir á altura.
Fui atrás de Elen que se encaminhou para seu escritório no segundo andar.
Eu estava muitos passos atrás dela e ela não percebeu que eu a seguia.
Ao fechar a porta de sua sala adentrei na antessala.
- A Doutora Elen não ...
Amanda tentou me impedir de entrar.

Continuação...

- Agora não Amanda. Agora não. Eu a desloquei para o lado com o braço e alcancei a maçaneta da porta.
Entrei e tranquei a porta por dentro.
Elen estava sentando em sua cadeira quando me viu.
- O que é isto, deu para me seguir, agora?
- Elen, eu preciso de uma parceira. Não uma doutora. Não uma gestora de projetos. Alguém em que possa confiar.
- Não sou amante, não sou sócia, não sou confidente, nem freira. Não sei como te ajudar. Fria, nem piscou ao falar.
Ainda bem que eu estava “ligado”, lógico e matemático, como gosto.
Achei que poderia jogar o jogo dela.
- Vamos colocar assim. Além de colaborativo, como tenho sido até então, serei também participante. Eu agregarei algo mais.
Como é fácil aguçar a curiosidade de uma mulher, pensei.
- Muito bem, faça sua oferta. Elen prestava muita atenção em mim.
- Você tem que confiar cem por cento em mim, e eu em você. Fiquei observando sua reação.
- Iiiiii? Até aí Elen estava indiferente.
A cada expressão, á cada movimento de Elen, números estatísticos vinha á minha mente.
- Elen, você precisa incluir uma pessoa que conheço, no projeto.
Esperei o óbvio.
- Ah, tem uma namoradinha e quer dar emprego para ela? Agora entendi a história de parceira.
Elen foi irônica.
- Espera. Vamos falar um pouco mais sério que isto. Vamos falar do meu futuro, ou melhor, vamos falar do nosso futuro.
Continuei.
- Eu tenho um cara que dá de vinte á zero em noventa por cento desses seus estudantes que vocês chamam de “doutor”, você o põe no projeto e eu te dou três anos de tecnologia á frente.
As cartas do jogo foram abertas.
- Os melhores já estão aqui, mas tudo bem nós faremos uma entrevista com ele, e essa história de três anos, quais as garantias?
Elen ficou interessadíssima e o número estatístico em minha cabeça estava para alcançar três dígitos.
- Eu tenho uma parceira? De confiança? Vou colocar minha vida em suas mãos, você coloca a sua nas minhas?
Eu já estava convencido, mas queria dramatizar.
- Deri, isso é tudo bobagem. Eu tenho que ver para crer. Preciso de confirmações.
Elen me desafiou.
- O seu projeto tem muitos dados satisfatórios, mas você não acha um tanto quanto limitado?
Também desafiei. Num jogo de cartas chamado truco, isto tem um nome: SEIS.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

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