27/04/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 111


No Capítulo anterior...

No quintal da frente há um pote de comida e água que pareciam esperar um cachorro chegar a qualquer momento.
Montes de fezes do animal estavam aqui e acolá. E pela aparência o animal deveria ser um búfalo, de tão grande os montes.
Fiquei sobre o poste da frente da casa um tempão e liguei do celular. Ao segundo toque desliguei e tornei a ligar e mais um toque. Este era o sinal combinado.
A luz do quintal da frente se apagou e a porta lateral abriu. Com isto tive certeza que o endereço estava correto.
Em um único salto desci na frente da porta lateral e entrei.
A porta se fechou á minhas costas. Era Fernanda que me recepcionava.
- Vocês não falaram nada que tinham cachorro. Foi a primeira pergunta que fiz á Fernanda.
- E não temos. Respondeu sem maiores explicações.
- Mas o que é isso ai na frente? Comida, fezes?

Continuação...

- É ideia do Vtec. Ele achou que se parecesse que tem um cachorro evitariam curiosos.
- E aquele cocô todo? Andaram pegando na rua, num canil?
- Nada. É de gesso pintado. Um dia ele Poe aqui e ali. Em outro dia cá e acolá. Dá a impressão que é limpa e o cão torna a fazer. Fernanda deu uma explicação lógica para a cena.
Adentrei ao restante da casa e fiquei feliz em saber que o dinheiro que disponibilizei havia sido muito bem aplicado.
Não encontrando nenhum equipamento visível e não sabendo detalhes da casa ainda, perguntei á Fernanda:
- Onde é a sala secreta?
- Você não é o MEIOPARDO? Tente descobrir. Fernanda lançou um desafio.
- Ficamos em silêncio e agucei os sentidos.
Nada ouvia, comecei a vasculhar a casa com os olhos, centímetro por centímetro.
- Nestas horas aquelas implementações de audição e visão que vocês falaram fariam a diferença.
Não achei nada fora do lugar ou uma possível passagem secreta, mas na segunda vez que passei pelo corredor entre a sala e a cozinha do térreo eu imaginei que aquele tapete no chão poderia trazer uma surpresa.
- Ali, sob o tapete. Apontei para o tapete olhando para Fernanda.
- Falei para Vtec que estava muito fácil. Fernanda ficou desapontada.
- Tente por uma mesinha para disfarçar. Ou melhor, um barzinho ficaria ótimo.
Tiramos o tapete e descemos.
- Olá Vtec. Ficou muito bom. Falei enquanto admirava os equipamentos funcionando.
- Para começar está bom. Vtec falou sem tirar os olhos dos monitores de trinta polegadas.
Ficamos oito minutos sem nada falar. Vtec ficava de um teclado para outro parecendo um alucinado até que o silêncio foi quebrado.
- EUREKA.
Vtec trouxe até mim fios que tinha nas pontas, conectores que lembravam exame de eletrocardiograma e pediu que eu colocasse sob a roupa, na direção do ombro direito, apontando com os dedos o local exato.
O fiz sem restrições e Vtec voltou para os teclados.
Alguns minutos depois Vtec se voltou para mim.
- Pronto. Carga feita e escondida. Dê-me do LD.
Tirei o pequeno aparelho que sempre carregava comigo e estava sob a roupa, na altura da cintura.
Ensaiamos alguns movimentos com tornozelos e joelhos e aferimos que o LD já poderia ser substituído por tais movimentos, como códigos de acesso, porém agora, com três níveis.
Vtec começou o discurso.
- Você agora tem duas partições. O pessoal do projeto só enxergará uma e fará as otimizações nesta. Na segunda partição nós faremos as nossas atualizações.
- O primeiro movimento acionará a primeira partição, más você utilizará pouco isto, pois quem realmente acessará isto é o pessoal do projeto.
- O segundo movimento, que é o mais fácil e rápido acionara nossa partição, nossa área, a que tem a novas implementações. E o terceiro movimento, o mais difícil e longo, para não cometer equívocos, desliga tudo.
Depois de dezenas de repetições, explicações e histórias, finalmente terminou.
- É tudo. Entendido?
Não me atreveria a dizer não.
- Claro. Fácil. Apensar de ter entendido não parecia convincente para Vtec que fez questão de revisar.
Ficamos nisto até altas horas até que por fim convenci-o de que estava realmente entendido.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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