17/04/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 102


No Capítulo anterior...

Parece irônico, mas quanto mais pobre determinado bairro, mais gente chega e sai nas ruas.
Esta rua era muito arborizada o que fazia com que ficasse mais escura.
Deri seguiu em frente e Prymo não percebeu quando os seguranças passaram por ele seguindo na mesma direção que Deri.
Deri deveria ir até o Morumbi, comprar um refrigerante e voltar para casa. Minha casa.
Desta forma, o disfarce estaria completo.
Todos veriam duas pessoas distintas, Deri ou Zé do MEIO e o MEIOPARDO.
Mal viraram a esquina e MEIOPARDO estava ao lado da janela do motorista.
Prymo deu um pulo no banco que estava.
Assustou.
Destrave a porta do outro lado, ordenei.

Continuação...

Ao acionar o botão de destravamento das portas eu já estava abrindo a porta do passageiro.
Isto eu fiz para impressionar, mesmo.
Com um salto preciso sai do lado do motorista, aterrissei do lado do passageiro em uma fração de segundos.
Entrei no carro e fechei a porta.
Luiz já de bloquinho na mão e boca aberta não conseguia ao menos piscar. Estava impressionado.
Como ele nada falou, comecei eu, á falar:
- Meus objetivos são trazer um pouco de tranquilidade onde eu possa estar presente. Menos violência, menos impunidade.
- Minhas habilidades físicas são as que menos importam e as únicas coisas que me limitam. Considero minha maior habilidade o meu senso de justiça. Se a maioria pensasse assim teríamos alguns milhões de heróis como eu.
- Em troca eu quero apenas isto. Algo mais justo e menos violento. As pessoas precisam acordar e ver que se todos se unirem e trabalharem juntos, tudo ficará melhor para todos.
- Sei que a parte mais difícil é trabalhar, mas é possível.
Terminei a minha fala.
- E... Prymo tentou falar, mas o interrompi.
- Hora das fotos. Seja rápido. Ao dizer isto a porta do carro já estava aberta e eu fora do carro.
Prymo saltou com a máquina na mão. O flash me pegou no ar em direção ao poste e percebi mais uns três disparados enquanto pulava para outro, e outro poste.
- Missão cumprida. Comuniquei á base.
- Tem algo acontecendo perto do aeroporto só que do outro lado de onde você está. É na favela Alba. A polícia mandou até helicóptero para lá. Fernanda deu as coordenadas e comecei á saltar nesta direção.
Em três minutos estava em uma das entradas da favela. Seguindo na direção do helicóptero da polícia parei na entrada e observei a movimentação.
Aguardei mais alguns minutos e pelo que entendi na agitação dos policiais e mais o que foi me foi passado pela base, havia ali um tiroteio que envolvia sequestro.
Em uma favela, ou pelo menos nesta, não existe rede elétrica oficial, então não há postes. O jeito seria ir pelo chão mesmo.
Do alto de onde estava, atrás de uma viela, achei um bom ponto para pouso, então saltei.
Só não contava com uma enorme bacia que estava no mesmo local que eu escolhera para aterrissar.
PLAN, BRUM, KLAPT, STRUNS...
Acho que se eu quiser algum dia fazer barulho, não conseguirei atingir este nível.
Conforme cheguei ao chão meu pé pegou a borda desta enorme bacia que ao girar e subir pela ação da gangorra que se formou, atingiu um caixote de garrafas vazias que devido ao impacto de baixo para cima também voou espalhando garrafas para cima e para os lados.
Ao cair nos telhados, ou espatifarem no chão, mais ou menos ao mesmo tempo o barulho se amplificou. Afora algumas outras lata e coberturas metálicas encontradas pelo caminho.
Parecia comedia pastelão.
Refeito do acidente que nada sofri, continuei pelos becos.
Como os becos eram escuros, cheios de saliência e cantos, não foi difícil me esconder quando passantes, morador ou policial, passavam correndo por mim.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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