06/04/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 093


No Capítulo anterior...

- Meu nome é Luiz Nobrega Prymo e escrevo para um grande jornal, se você me contar tudo que vocês conversaram eu ponho seu nome no jornal e seus amigos lhe pedirão autógrafos, o que você acha?
- Acho que é a coisa mais babaca que um jornalista pode dizer.
Desta vez ameacei me retirar e ele me agarrou pela manda da camisa.
- Não, espere aí. Eu estava brincando. Eu quero muito saber quem é esse cara? Como ele é? O que ele faz.
Sente aí.
Sentei-me e começamos a conversar.
- Eu não sei quem é o cara, mas sei que ele não voa como sua reportagem falou.
- O bandido disse que ele voou e eu achei que venderia assim, e foi o que aconteceu. Como você o conheceu?

Continuação...

- Em uma noite que voltava para casa, eu vi um vulto na ponta de um poste. Ele salta de poste em poste.
Fui bruscamente interrompido pelo reporte.
- Escuta aqui engraçadinho, estou fazendo um trabalho sério e não venha com essas brincadeiras.
- É sério. Ele tem uns dotes especiais. É capaz de dar saltos imensos, consegue correr muito. Vamos fazer assim: Eu conto e você anota depois decida o que fazer. Quem disse que ele voava foi você, não eu.
- Tá bom, conta. Conta...
- Ele se chama MEIOPARDO, pois consegue atingir metade da velocidade de um Guepardo, salta muito alto, e tem uma pele especial que é muito resistente.
É lógico que alguma coisa eu iria exagerar, sou humano.
- Ele é um herói solitário e passa as noites vigiando a cidade.
- E disse que os bandidos têm que o temer ou sua fúria virará contra eles.
Achei que ficaria bonito isso publicado.
Em meio á minhas explicações era interrompido por perguntas:
- Quantos bandidos ele já matou?
- Isso ele não disse, mas não acho que ele mate bandidos, ele os desarma.
- E você sempre o encontra?
- Algumas vezes, se você quer encontra-lo tem que andar nas madrugadas, olhando para o topo dos postes.
Ficamos quase três horas conversando e ao final me deu um cartão com seu endereço eletrônico e uma câmera fotográfica.
- Olha, fique com esta câmera e para cada foto que você me enviar e te pago mil reais.
- Outra coisa, qual o seu nome para eu colocar como fonte?
Ele queria fechar a entrevista para que pudesse sair na edição de amanhã pela manhã.
- Nome? Não, nome não. Eu quero ficar anônimo. Não quero que ninguém peça meu autografo como você insinuou no início.
- OK. Não publico, mas me dê seu nome e telefone, para lhe encontrar e...
- Meu nome é Zé e eu é que te procuro quando tiver algo a dizer ou a mostrar. Você nunca me procura, feito?
- Está bem. Mas Zé? Zé do “quê”? Precisa uma identificação e Zé não identifica ninguém.
Achei que estava na hora de tirar uma da cara dele.
- Como não, todos os meus amigos Zés eu seu quem são. Mas para você vai ser Zé do MEIO. E só.
Falei já me levantando.
- Zé do MEIO, que MEIO?
- Ô repórter burro. MEIOPARDO, Zé do MEIOPARDO, Zé do MEIO. Entendeu ou quer que desenhe?
Ele anotou no tablet dele “Zé do MEIO”, e quando retornou a visão para mim para perguntar algo mais eu já havia me retirado da mesa, do café e da rua, pelo menos de sua vista.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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