18/04/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 103


No Capítulo anterior...

PLAN, BRUM, KLAPT, STRUNS...
Acho que se eu quiser algum dia fazer barulho, não conseguirei atingir este nível.
Conforme cheguei ao chão meu pé pegou a borda desta enorme bacia que ao girar e subir pela ação da gangorra que se formou, atingiu um caixote de garrafas vazias que devido ao impacto de baixo para cima também voou espalhando garrafas para cima e para os lados.
Ao cair nos telhados, ou espatifarem no chão, mais ou menos ao mesmo tempo o barulho se amplificou. Afora algumas outras lata e coberturas metálicas encontradas pelo caminho.
Parecia comedia pastelão.
Refeito do acidente que nada sofri, continuei pelos becos.
Como os becos eram escuros, cheios de saliência e cantos, não foi difícil me esconder quando passantes, morador ou policial, passavam correndo por mim.

Continuação...

Eu seguia o barulho do helicóptero e o som de tiros esparsos que aconteciam.
- Base. Tem sons de tiros gravados ai? Se colocasse eu poderia, pelo som, identificar o armamento, o que me diz?
- Um momento. Avisou Vtec pelo comunicador atrás de minhas orelhas.
De repente quatro gravações foram tocadas em minha cabeça e respondi nesta quarta.
- Essa. É isso que estão usando. O que é? Perguntei.
- É uma FAL 762. Um fuzil belga muito rápido. Tome cuidado. Estes polímeros da sua roupa não suportarão. Falou Vtec muito preocupado.
-Não se preocupe. Agora são de carbono. Não me atingirão. Falei confiante.
- Pode até ser que não perfure, mas o impacto vai ser bem dolorido. Voltou Vtec.
- É verdade. Bem lembrado. Terei cuidado. E dei mais uma corrida até o cruzamento de outro beco.
Eu estava em um labirinto e não conseguia chegar mais perto. Quanto mais eu caminhava na direção do barulhento tumulto, mais longe ficava.
Para caminhar pelos becos de uma favela é preciso ter mais familiaridade.
Olhei para os lados e vi quem não vinha ninguém.
- Base, faça uma gravação completa á partir de agora. Falei para que Vtec e Fernanda me ouvissem.
 Eu me posicionei e saltei verticalmente o mais alto que podia.
Esperava ter uma visão melhor de cima, e olhei atentamente para todo o cenário enquanto subia e descia.
Cheguei ao solo.
- E aí? Tem algo que eu deva saber? Perguntei á base.
- Vai ser meio difícil de você se movimentar. Tem muito policial entrando e saindo das casas eles estão fazendo um pente fino.
- Eureca. Esta palavra pronunciada por Vtec sempre me trazia alegria e conforto.  
 - O que foi base?
- Sabe aqueles códigos estranhos que acompanhavam o sinal de sua visão que eu não sabia o que era? Vtec estava entusiasmado e me preparei para uma aula inteira.
- Vtec, agora nós não temos tempo para explicações. Posicione-me na situação. Fui ríspido com meu amigo.
- Esta bem. Homem amarrado e abaixado á quarenta ponto oito metros, nove horas. Três homens de guarda.
- Uma arma grande. Pode ser a FAL e três pistolas, um com uma e outro com duas.
- Você tem quatro pontos de apoio para chegar lá, mas não tem como entrar a não ser por cima.
- Base dê as coordenadas na sequência e do ponto de vista de cada uma. Pedi e ouvi com muita atenção.
Vtec continuou com uma precisão que faria a diferença. Eu agiria no escuro.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui constantes foram em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

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