No Capítulo
anterior...
PLAN, BRUM,
KLAPT, STRUNS...
Acho que se
eu quiser algum dia fazer barulho, não conseguirei atingir este nível.
Conforme
cheguei ao chão meu pé pegou a borda desta enorme bacia que ao girar e subir
pela ação da gangorra que se formou, atingiu um caixote de garrafas vazias que
devido ao impacto de baixo para cima também voou espalhando garrafas para cima
e para os lados.
Ao cair nos
telhados, ou espatifarem no chão, mais ou menos ao mesmo tempo o barulho se
amplificou. Afora algumas outras lata e coberturas metálicas encontradas pelo
caminho.
Parecia
comedia pastelão.
Refeito do
acidente que nada sofri, continuei pelos becos.
Como os
becos eram escuros, cheios de saliência e cantos, não foi difícil me esconder
quando passantes, morador ou policial, passavam correndo por mim.
Continuação...
Eu seguia o
barulho do helicóptero e o som de tiros esparsos que aconteciam.
- Base. Tem
sons de tiros gravados ai? Se colocasse eu poderia, pelo som, identificar o
armamento, o que me diz?
- Um
momento. Avisou Vtec pelo comunicador atrás de minhas orelhas.
De repente
quatro gravações foram tocadas em minha cabeça e respondi nesta quarta.
- Essa. É
isso que estão usando. O que é? Perguntei.
- É uma FAL
762. Um fuzil belga muito rápido. Tome cuidado. Estes polímeros da sua roupa
não suportarão. Falou Vtec muito preocupado.
-Não se
preocupe. Agora são de carbono. Não me atingirão. Falei confiante.
- Pode até
ser que não perfure, mas o impacto vai ser bem dolorido. Voltou Vtec.
- É
verdade. Bem lembrado. Terei cuidado. E dei mais uma corrida até o cruzamento
de outro beco.
Eu estava
em um labirinto e não conseguia chegar mais perto. Quanto mais eu caminhava na
direção do barulhento tumulto, mais longe ficava.
Para caminhar
pelos becos de uma favela é preciso ter mais familiaridade.
Olhei para
os lados e vi quem não vinha ninguém.
- Base,
faça uma gravação completa á partir de agora. Falei para que Vtec e Fernanda me
ouvissem.
Eu me posicionei e saltei verticalmente o mais
alto que podia.
Esperava
ter uma visão melhor de cima, e olhei atentamente para todo o cenário enquanto
subia e descia.
Cheguei ao
solo.
- E aí? Tem
algo que eu deva saber? Perguntei á base.
- Vai ser
meio difícil de você se movimentar. Tem muito policial entrando e saindo das
casas eles estão fazendo um pente fino.
- Eureca.
Esta palavra pronunciada por Vtec sempre me trazia alegria e conforto.
- O que foi base?
- Sabe
aqueles códigos estranhos que acompanhavam o sinal de sua visão que eu não sabia
o que era? Vtec estava entusiasmado e me preparei para uma aula inteira.
- Vtec,
agora nós não temos tempo para explicações. Posicione-me na situação. Fui
ríspido com meu amigo.
- Esta bem.
Homem amarrado e abaixado á quarenta ponto oito metros, nove horas. Três homens
de guarda.
- Uma arma
grande. Pode ser a FAL e três pistolas, um com uma e outro com duas.
- Você tem
quatro pontos de apoio para chegar lá, mas não tem como entrar a não ser por
cima.
- Base dê
as coordenadas na sequência e do ponto de vista de cada uma. Pedi e ouvi com
muita atenção.
Vtec
continuou com uma precisão que faria a diferença. Eu agiria no escuro.
Continua...
“Não use drogas, a vida é uma viagem”
Trata-se de uma obra
fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.
Os textos e imagens aqui
constantes foram em parte ou todo coletados na internet. http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/
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