22/03/2012

Saga Derinarde IV - Traumas


Trauma é uma lesão ou ferida devido a um grande impacto. A psicologia adotou este termo para choques psicológicos causados por grande stress.

    

Tenho algumas lembranças que diria forte e me marcaram até os dias de hoje, não que tenham deixado grandes sequelas, mas estas, que chamo de lembranças.

                                    

Ainda com 3 para 4 anos, em um dia muito, muito quente e o que mais chamava a atenção era a quantidade de moscas que era absurda. Um certo mal cheiro havia no ar quando, as vezes, uma leve brisa soprava.
A Mãe e o Pai procuravam  o motivo de tudo aquilo que parecia estar fora do normal.

         

Como comentei anteriormente, a garagem na gente da casa era composta por uma laje apoiada em um muro de um lado e 3 vigas redondas e coloridas do outro, formando quase um “W”, algo excitante para crianças subir por elas e descer como filme de bombeiros. E foi numa dessas subidas que eu, ao subir pelas colunas e olhar sobre a laje, me deparei com o “fora do normal” que o pessoal procurava. Estava lá, deitado sobre a laje, e absurdamente cheio de moscas pousadas um gato, ou melhor, a carcaça de um gato. 

                               

Percebi que era preto e branco e num susto larguei a laje e desci escorregando pela viga, numa velocidade que nunca havia atingido antes. Fez ate com que chegasse ao chão, de bunda e não de pé como era de costume.

                                    


Feito o relato, todas as providencias foram tomadas.

                              


Ainda sobre gatos e não lembro se as historias tem correlação, mas sei que 7 ou 8 gatinhos recém nascidos apareceram em nosso quintal. 

                           

O Toninho, funcionário da fabrica de móveis em frente nossa casa se apresentou para o serviço. Foi dada a ele a incumbência de se livrar daquela cambada de gatos. Dentro de uma caixa de papelão seguiram os filhotes, o Toninho segurando a mesma e Eu, no rabo de tudo isso. Imaginando que fossemos achar outro quintal para largar os bichanos fomos em direção ao córrego próximo de casa. Até a beirada, tudo bem. Toninho pediu que eu esperasse ali, pois iria atravessar com a caixa e eu seria apenas mais um estorvo. Obedeci.
 


Do outro lado do rio, Toninho colocou a caixa no chão, se posicionou, abaixou e pegou um filhote. Olhou para frente e o jogou o gato para cima, com a mão espalmada, deu-lhe um tapa como se fosse uma raquete em uma bola de tênis. E esta cena foi repetida mais sete vezes. Era uma visão muito estranha para mim, não entendia o objetivo, pois não via o resultado final, os filhotes desapareciam em pleno ar.
Ao final, Toninho desceu do barranco, no córrego, ainda do lado que ele estava, sumiu numa moita de capim e logo em seguida reapareceu carregando um filhote.

                              

Voltou para o mesmo lado em que eu estava, e fez dois comentários, o primeiro:
 - “Esse aqui não quis ir embora, vou ficar com ele”, apontando para o único filhote que trazia de volta e o segundo: 
 - “É assim que se livra de gato, se não der o tapa, ele não leva susto, então não vai embora”.

                               


Na ocasião não entendi nada, mas estava contente, pois ele trouxe um filhote de volta.

                            


Este trauma trago até hoje, pois não gosto nada de gatos, mas não seria capaz de maltratar.



Não use drogas, a vida é uma viagem”

Á Os textos aqui constantes forada dm em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/         

0 comentários: