12/06/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 144

No Capítulo anterior...

Rabelo não estava na recepção quando sai, mas ao fechar a porta do elevador, comigo dentro, o avistei em um canto da sala. Estava me dando tchauzinho com as pontas dos dedos e um sorriso nos lábios.
De lá voltei para casa, almocei um delicioso omelete de gorgonzola que eu mesmo preparei e decidi fazer algo diferente.
Algo muito diferente
Decidi testar a popularidade do MEIOPARDO.
Sim, á luz do dia.
Estava sem seguranças, por que não?
Vesti a roupa, mas sem a cabeça. Fiquei muito parecido com um motociclista em macacão de couro, não chamaria muito a atenção.
Fui até a base e á uns vinte metros de lá estacionei a moto e comecei á andar na calçada.

Continuação...

Percebendo que estava invisível á olhares curiosos, entrei rapidamente no portão baixo que estava apenas encostado.
Desviei dos inúmeros montes de fezes falsas que Vtec rearranjava diariamente no quintal e me alinhei á soleira.
- Alguém abre a porta para mim?
Esperei por quase dois minutos e não obtive resposta.
Claro, não haveria ninguém á esta hora. Estariam em suas atividades do dia á dia.
Coloquei o capacete no chão e resolvi sondar as possibilidades de entrada.
Lá atrás, onde ficava a Blackbird, coberta por uma lona plástica, avistei uma janelinha pequena entreaberta. Era apenas uma vigia, mas não haveria condições físicas para fazer a curva necessária para um salto de entrada.
Eu me alinhei á ela e saltei me agarrando em sua beirada.
Percebi que era do modelo basculante e a abri em um ângulo de quase noventa graus, suficiente para que eu passasse.
Já lá dentro percebi que era um banheiro e que alguém havia tomado banho á pouco tempo, pois a umidade ainda pairava no ar em forma de vapor e a temperatura era alta.
Passei a porta e no corredor que seguia para os quartos vi marcas de pés úmidos no chão.
Pés pequenos, não que Vtec tivesse uma estrutura grande, mas imaginei que seria de Fernanda ou Rosa.
Caminhei até metade do corredor e da primeira porta visível surgiu Rosa.
Rosa estava lá de pé na minha frente e vestia uma toalha de banho na cabeça.
Apenas isto. Uma toalha de banho na cabeça.
Não houve susto em ambos os lados e, da mesma forma que ela admirava minha roupagem de MEIOPARDO eu admirava sua pele branca e seu corpo curvilíneo.
Ficamos muitos segundos á nos admirar e não distingui se os motivos eram diferentes.
Minha atenção somente foi retomada quando números começaram a correr em minha mente, por nano segundos. Não sabia o que significavam, mas acordei do transe que aquela paisagem sugeria.
Eram as probabilidades dos problemas.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”

Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

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