14/06/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 146

No Capítulo anterior...

Subi e engatei a primeira marcha. Soltei bruscamente a embreagem fazendo com que a Blackbird rabeasse e posicionei na direção do estreito corredor.
Passei rapidamente e já estava na rua. Algumas curvas e já acessava uma movimentada avenida. Pequei o acesso para Avenida Tancredo Neves e rumei em direção á zona leste (ZL) de São Paulo.
Não me ative á transito ou sinais de transito, mas não coloque ninguém em risco, pois tinha uma visão privilegiada e cálculos exatos para as manobras que executava.
Em alguns minutos estava no extremo leste da ZL, passei por Cidade Tiradentes e fui além. Santa Etelvina VIII ficou para traz. Saturnino Pereira e finalmente Iguatemi.
Larguei a Blackbird em um beco e caminhei entre duas vielas. Dei uma pesada em uma porta a qual não resistiu e foi abaixo.
Dentro dois homens assustaram e em movimentos rápidos pegaram suas armas.

Continuação...

Para o primeiro: Fui mais rápido que ele e dei-lhe uma tapa no gogó. O mesmo perdeu o ar e não se preocupou mais com a arma, estava desesperado para retomar o folego e respirar.
Para o segundo: Cheguei á ele quando empunhava a arma, com um chute certeiro quebrei-lhe o pulso fazendo com que a arma voasse longe.
Agarrei este com o pulso quebrado pelo pescoço:
- Você que o Miguel Pólvora? É você? Eu o levantava do chão pelo pescoço.
- Migué Pórva sou eu. Quem qué sabê? Apesar de desamado e pendurado pelo pescoço o rapaz era ainda valente.
- Eu sou o MEIOPARDO e vim avisar que você está de partida. Vai pegar as suas coisas e vai embora assim que eu te soltar. Estava tentando intimidar o corajoso.
- E tu sabe quanto eu já matei? E assim que me sortá vô atrais de tu também. Parece que a coisa ia ser dura.
Percebi quando o primeiro engatilhou a arma tendo se recuperado da falta de ar.
Ele deu três tiros.
Três tiros certeiros que perfuraram o tórax.
O sangue começou a jorrar e logo a boca também se encheu de sangue e antes de emitir qualquer som, Migué Pórva caiu morto no chão de terra batida.
O homem que atirou não acreditou. Ele olhou para o lado e me viu, mas ainda assim não acreditou.
- Migué? Homi? Num foi purquerê. Eu atirei foi é nele, mas ele saiu da frente. Migué? Morre não.
Quis o destino assim. Imaginei.
Deixei o barraco e voltei pelas vielas que cheguei.
A Blackbird estava me esperando.
Liguei e saí em disparada.
No caminho de volta recebi o chamado de Rosa e a imagem retornara em minha mente.
- Tem uma mulher no aeroporto e está retirando a encomenda.
- Ok, entendido.
Apesar de estar na ZL, próximo ao aeroporto, sei qual será o destino. Respondi á Rosa.
- Prefiro esperar lá no Morumbi. Estou seguindo para lá.
E foi o que fiz.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”

Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

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