03/06/2013

Saga Derinarde II – Capítulo 136

No Capítulo anterior...

David tirou do bolso um pequeno pendrive e me entregou.
- Estas são suas sequências. Nem mais nem menos. Você me agradecerá depois. Pode começar.
Fui até o computador de Gleide e pedi á ela para baixar minhas sequências.
Foi o que ela fez.
Ao abrir o arquivo ela soltou uma expressão de espanto.
- Uau! Você vai disputar um MMA?
- Muito puxado é? Perguntei á ela, pois de onde estava não via a tela do computador.
- Isso é nível “Cigano”, para não dizer outra coisa. Vai ser doido. Ela estava espantada e ao mesmo tempo fascinada com a exigência dos exercícios.
Pedi á ela que deixasse guardado em seu computador, pois ela faria meu controle e fui para o aquecimento.

Continuação...

Em duas horas fiz tudo que me foi solicitado. Estava cansado e satisfeito.
Como tinha o dia livre, pois não iria para a POLI, decidi ficar em casa e estudar o material que havia pegado em relação ás inovações que receberia na próxima cirurgia.
Eu receberia articulações biônicas nos ombros, cotovelos e punhos.
A clavícula, os ossos dos braços, mãos e dedos seriam revestidos, internamente, com finíssimos tecidos de grafeno, da mesma forma que a coluna vertebral, do pescoço ate o meio das costas.
O grafeno é uma molécula de carbono que unido forma um fio finíssimo e muito resistente. Com o grafeno constrói-se um tecido e este se torna um tecido inteligente, capaz de responder á estímulos elétricos e magnéticos e, neste caso seria para dar suporte á força extra que as novas articulações receberiam.
A estrutura muscular também receberia fios de grafeno que serviriam para que correntes elétricas estimulassem-os para respostas rápidas e necessárias á novas características.
Tudo estava perfeitamente estruturado e contemplado, mas alguma coisa não combinava. Alguma coisa não completava.
Isso me incomodou muito, pois os engenheiros fizeram um detalhamento do que já existia nos membros inferiores até a bacia. Fizeram o mesmo detalhamento do existirá até o tórax, mas por algum motivo que eu ainda não sabia o porquê, não tinha uma ligação, “Em cima, em baixo”.
Como o texto era aberto aos participantes do projeto e permitia comentários, fiz o meu, mostrando esta preocupação, ao mesmo tempo em que mandei uma mensagem á Vtec. Não sabia se ele participaria do grupo e esta hora do dia ele estaria no seu trabalho e não na base.
Eu me interessei tanto nos documentos que não percebi a hora passar.
Lá pelas oito da noite o interfone tocou e o porteiro, Fábio Garcia, anunciou que Fernanda Galindo estava subindo.
Ao abrir a porta deparei com uma obra de arte. Fernanda estava maravilhosa, como sempre.
- Então? Vamos dançar? Fernanda falou enquanto passava pela porta.
Mal pude ouvir o convite, pois o barulho que seu perfume fez em minha cabeça me atordoou.
- Dançar? Hoje? Pensei se daria tempo de cancelar o compromisso com Elen, mas ela já devia estar á caminho.
- Não vai dar. Tenho um compromisso daqui á pouco. Inadiável.
Ao terminar a frase, o interfone tocou. Levou alguns segundos para eu entender que a campainha do interfone era mesmo do interfone e não minha cabeça que estava tocando.
Enquanto eu atendia ao telefone, corria os olhos na escultura que estava á minha frente. Tornozelos bem desenhados e firmes sustentando as longas e esguias pernas que terminavam em coxas que mostravam o contorno de músculos definidos, a sainha verde-mar, curtíssima, que encobria o final das maravilhosas coxas chegavam á um abdômen muito fino ou inexistente...
- Oi Fábio? Disse ao interfone.
- Elen Perez está subindo. Disse Fabio sem rodeios.

  Continua...


 “Não use drogas, a vida é uma viagem”

Trata-se de uma obra fictícia e os nomes utilizados nada tem haver com seus homônimos da vida real.

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