06/07/2012

Saga Derinarde XVII – Novos Amigos


Casa nova, escola nova, vamos pra rua. Hora de conhecer as redondezas.
                                              
Logo fiz amigos, o caminho para a escola era longo e neste caminho muito juntavam-se a mim.
O primeiro dele foi o João.
João era um descendente de mineiros, muito baixo para sua idade, tinha cabelos claros e usava franja. Na época falávamos que sua mãe havia colocado uma tigela em sua cabeça e cortado seu cabelo neste formato.
Tinha a pele muito clara e muitas sardinhas, mais rugas que o normal e seu apelido pegou rápido, “véio”.
                                                    
João morava muito próximo a nós, e íamos para a escola juntos.
Landinho era o apelido de Orlando, este mais moreno, cabelo grosso e enrolado. Tinha o cabelo repartido do lado e para isto usava um pente que encaixava na palma da mão, cheio de dentes, quase uma escova de plástico.
                                           
Zé. Todo mundo tem um amigo Zé. José Carlos era claro, olhos azuis ou talvez verdes não lembro, morava na esquina, cujo galpão anexo á sua casa era um deposito de uma loja famosa, á época, na Praça da Arvore, um baixo e estação de metro na zona sul de São Paulo. Adorávamos brincar e “fuçar” o depósito.
                                    
Edison, filho único e mimado, tivemos pouco contato em relação aos outros, mas vez ou outra ele aparecia para uma pelada.
                                        
Pedro, um descendente  de japoneses que nos fornecia com “mangá”, que á época só importados do Japão, Jogos de montar tipo “lego”(na época chamava-se Polly) e outro de pininhos.
 
Depois vinham as meninas, mas nessa época, que chatas eram as meninas: Kátia, Andreia, Mari, Luiza, as irmãs do landinho, e outras duas.  Pouquíssimo contato com elas, não sabiam jogar bola, andavam mas de bicicleta, não iam para a rua de cima brigar com “os caras” de lá, em suma, as meninas não servia pra nada.
                                  
O grupo que constante era formado por João, Landinho, Zé, meu irmão Nelson(Neno) e eu, o resto vinha e ia conforme as estações do ano. 
                                               
Ia até me esquecendo. O Landinho e o Zé conhecemos, Neno e eu, brigando com eles. João que nos apresentou, instigou até que sem mais nem menos começamos a nós estapear.
                                        
Neno com landinho e eu com o Zé, simultaneamente. Não houveram lesões nem ganhadores e nós tonamos muito amigos. Não lembro pelo que foi a briga, mas não teve e não tem a mínima importância.
Na esquina próxima, em frente á casa do Zé havia uma seringueira enorme e lá era nosso ponto de encontro, nosso quartel general.
                                
Incrível a comunicação daquele ponto. Não existia celular nem internet, alias não existia computador, tá?
Mas na esquina vazia e sem ninguém combinar, chegava um, depois outro e em instantes todos estavam lá tramando a próxima investida.
Nos fins de semana sempre tinha atividade, futebol, cinema, pátio do museu do Ipiranga, Clube municipal do Ibirapuera, Jardim botânico ou zoológico.
Uau, que bom que não havia internet.
                                  



 “Não use drogas, a vida é uma viagem”
Os textos aqui constantes forada dm em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/

0 comentários: