04/04/2012

Saga Derinarde VI – Perigos na infância


Falando de Cidade Adhemar, estamos falando de uma região de periferia de São Paulo e não hoje, mas quase 50 anos atrás, temos os perigos para crianças, aa doenças transmissíveis pela falta de saneamento básico.

     

Que me lembro, dá época, e já comentada em http://www.derinarde.com.br/2012/03/saga-derinarde-iv-traumas.html é o córrego que passava aos fundos de casa. Era comum encontrarmos pelas ruas ratos e camundongos, sapos e cobras dentre muitos insetos.

     

Na época das chuvas, aquilo virava um ambiente de guerra, aflição e angústia. Um corre, corre para suspender móveis e objetos, panos para tapar frestas, observação frequente nos muros para a agua não derrubá-lo ou ultrapassá-lo, acho que isso só fazia parte da fé, pois olhar para o muro não impediria a vontade da agua em uma enchente, vá lá.

  

E olhando por cima deste muro, vi por varias vezes, ratazanas navegando sobre tacos (tipo de piso de madeira no formato de tabuinhas retangulares de 15 cm por 7 cm, muito utilizados na época), cobras serpenteando na agua barrenta, sapos ora agarrados no capim alto, ora nadando para se agarrar em outro obstáculo no caminho, baratas e grilos escalando muro e paredes.

     
     
                 

Festa de horror para os adultos, uma grande diversão e cultura no descobrimento de várias espécies novas, para mim.
Certa vez encontramos uma dessas cobrinhas debaixo de um tapete no quarto de meus pais, não passava de 40 cm e não era mais grossa que uma mangueira de jardim. Se não me engano o “faz tudo”, Toninho, veio para exterminar o animal. Sei que a cobra era negra e tinha a barriga amarela. Talvez uma cobra d´agua qualquer.

                            

Outra situação que me vi em perigo, foi em uma casa abandonada, no caminho principal de casa para a avenida, caminho esse, onde tudo acontecia, farmácia, padaria, transporte, então qualquer coisa que teríamos de fazer passaríamos por esta casa, que como disse estava abandonada, más nem tanto assim, pois uma matilha de cães tomou conta da mesma, e não eram tres ou quatro cães, eram mais de quinze. Chamávamos de a casa dos cachorros loucos, pois qualquer um que se atrevesse a passar pela frente da casa era logo atacado. Minha mãe abria um guarda-chuva para afasta-los de nós e por trás deste aparato passávamos incólumes.
Isso dourou quase um mês, quando o pessoal da prefeitura veio para fazer o despejo. Acho que os animais não pagavam o aluguel.

           

            





Não use drogas, a vida é uma viagem”

Á Os textos aqui constantes forada dm em parte ou todo coletados na internet.  http://www.google.com/ http://www.wikipedia.com/         

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